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quarta-feira, 26 de novembro de 2008

EDITORIAL: PBURGENTE completou dois anos de existência

Neste dia 26 de novembro de 2008 o site PBURGENTE completou dois anos de existência em Pimenta Bueno. Temos muito a comemorar, principalmente o nome que foi difundido em toda Região, tornando-se uma referência entre os veículos de comunicação na cidade e na circunvizinhança, sendo acessado milhares de vezes todos os dias.

Não foi fácil chegar até aqui. O proprietário, Arnaldo B. T. Martins, no começo chegou a sofrer humilhação e passar os mais diversos tipos de necessidade. Mas, navegando contra a maré da mente fraca de muita gente, persistiu e conseguiu erguer sólida parede. Contudo, ainda pretende, como diz, construir um castelo, devendo chegar lá assentando tijolo por tijolo como tem feito até agora.

Verdade é que pessoas detentoras de algum tipo de poder, vez ou outra tentam derrubar as paredes que aos poucos se vão levantando. Mas a vontade de vencer é maior, e o trabalho solitário iniciado há dois anos atrás, hoje conta com a cobertura do Deus Todo Poderoso, de um Jornalista, de uma Representante Comercial e de um valoroso Colaborador, além, é claro, do incansável trabalho do “próprio-otário”, melhor, proprietário.

Arnaldo B. T. Martins costuma contar que nos primeiros meses de existência, um jovem empresário de Pimenta Bueno se empolgou com o site e ofereceu parceria. Como havia começado só com “a cara e a coragem”, o jovem empresário havia oferecido seus computadores e uma máquina digital emprestados, em troca de propaganda no site. Assim alguns meses se passaram com o PBURGENTE sendo atualizado no computador alheio, e suas fotos registradas no equipamento alheio.

Mas alguém (até hoje não se sabe quem), certamente com muita inveja do trabalho que estava sendo feito, disse a esse jovem empresário que o que “Dado Martins” começava, nunca terminava, deixando tudo pelo meio do caminho. O jovem preferiu acreditar nessas palavras e a parceria terminou. A prova contrária está estampada nestas páginas eletrônicas hoje. O trabalho ainda não foi terminado. Como se trata de um jornal eletrônico, atualizado diariamente, jamais será terminado.

O PBURGENTE enfrentou muitos problemas. Passou mais de uma ano e meio sem assistência de um web-master. Saiu do ar. Perdeu todos os arquivos de um ano e meio. Teve que ser refeito por Leandro Rocha, de Cacoal, que atualmente é o web-master e o desenvolvedor do sistema utilizado, enfim, teve todos os motivos para ser deixado pelo meio do caminho. Mas sobreviveu dois anos. Ainda sofre discriminação e ataques. Entretanto, são menos numerosos que os elogios e os parabéns. O reconhecimento do comércio também veio; a estrutura física melhorou e hoje o site sobrevive com os próprios equipamentos.

Ainda depende das parcerias existentes. Chegou onde chegou porque, principalmente no primeiro ano de vida foi ajudado por tantas pessoas que, seria injustiça enumera-las para que uma não se sobreponha à outra. Mas o PBURGENTE é o Projeto de Deus na vida de um homem; na vida da família deste homem e na vida das pessoas que se agregam a ele neste empreendimento.

Bradando a voz da verdade através da Informação, o PBURGENTE tem o compromisso de manter informada a região de Pimenta Bueno e de todos quantos tem nesta região seus interesses na Infromação, estejam onde estiverem. Se ainda não publica todos os principais fatos e acontecimentos, é porque faltam subsídios e suportes para que tudo seja feito conforme requer o seleto público de leitores que acessam estas páginas todos os dias, inclusive de mais 20 países do Mundo e de todos os estados do Brasil.

Como diz o Editorial no começo, há muitos motivos para comemorar. Entretanto, condições para fazer festa é outro assunto...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

O que realmente a juventude evangélica está buscando nas igrejas e congressos?

A pergunta me surgiu em um Congresso da Igreja Assembléia de Deus, Ministério Madureira, realizado na quadra poliesportiva da Escola Marechal Cordeiro de Farias, em Pimenta Bueno, nos dias 15 e 16 de Novembro de 2008. Um congresso de tamanho considerável, principalmente se levado em consideração a organização feita em sua maioria por jovens.

O jovem Pastor Oséias, proprietário de uma Escola de Informática, professor ao lado de sua esposa, foi um dos grandes articuladores deste importante evento para o quadro evangélico local, principalmente para os jovens desta denominação. Também o jovem Pastor Sóstenes Silva, referência da televisão pimentense, dá provas diárias de sua devoção ao Senhor e à causa do Evangelho.

Nas semanas que antecederam o congresso percebi a grande preocupação de algumas senhoritas com as saias nas costureiras, e com os arranjos dos cabelos no primeiro dia do evento. Sob a justificativa de que se “arrumavam para Jesus”, seguiram empolgadas em suas vestimentas e adornos para os cabelos. Também estavam empolgadas com a presença de um importante cantor evangélico do cenário nacional, Adriano, um jovem de boa aparência e bom testemunho.

Os jovens diretamente envolvidos com a organização do Congresso estavam realmente concentrados em sua missão e, acima de tudo, embora houvesse lacunas gigantescas, também estavam concentrados em Jesus Cristo, que deveria ser o centro das atenções em um Congresso Evangélico. Mas, e os jovens que não estavam diretamente envolvidos com a organização do Congresso? Estariam estes preocupados com o foco da evangelização, o próprio Jesus Cristo?

Não foi o que pude perceber. Em um público espectador estimado em umas quatrocentas pessoas, a grande maioria era de jovens. E enquanto a Palavra de Deus era ministrada no interior da quadra, a maior parte da juventude presente estava do lado de fora, pelo pátio da escola e pela calçada em frente o colégio. Não estavam, verdadeiramente, preocupados em obter alimento para suas almas. Estavam mais preocupados com as roupas e os cabelos, claro, pois é a partir de suas imagens que depende o sucesso das paqueras nos Congressos, esse sim, o grande motivo que direcionou a muitos para o local.

Dois dos mais famosos Provérbios do Rei Salomão, o mais sábio dos Reis, dizem: “Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos” (Provérbios 3:1), e mais: “Porque eles aumentarão os teus dias, e te acrescentarão anos de vida e paz” (Provérbios 3:2), e se encaixam bem no aspecto dessa discussão. Quanto aos jovens que estavam prestando atenção no que foi dito e repassado no Congresso, digo: menos mal! Mas com base nos versículos acima eu questiono: E quanto aos jovens que estavam mais preocupados com a aparência a as conseqüentes paqueras de Congresso? Estariam estes preocupados em não esquecer das leis de Deus e em guardar os mandamentos do Senhor no coração? Penso que não!

Dia desses, aqui em Pimenta Bueno, dois jovens trabalhadores de fazenda morreram em um terrível acidente sobre a BR 364, ao entrarem com uma moto debaixo de uma carreta, em alta velocidade. O pai de um deles disse na TV que o filho era honesto, trabalhador, pagador de suas contas e direito; um jovem com pouco mais de vinte anos de idade. E há indícios para acreditar nas palavras do pai. Mas vai outra pergunta com base nos versículos mencionados acima: uma vida pautada na honestidade e no trabalho é o bastante para que se vivam longos e duradouros anos? A resposta é não, porque os mandamentos do Senhor é que aumentarão os dias do jovem, acrescentando anos de vida e paz, e para que tais mandamentos estejam cravados nas tábuas do coração desse jovem, é preciso que ele esteja na presença do Deus de Israel.

A Bíblia diz aos jovens para fazerem o que bem entenderem, mas ressalta que Deus lhes pedirá conta de suas ações: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem o teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Eclesiastes 11:9), e em seguida dá a dica mais valiosa: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer;” (Eclesiastes 12:1).

Na primeira epístola que o Apóstolo Paulo escreveu aos Coríntios, ele disse que todas as coisas lhe eram lícitas, mas nem todas convinham; que todas as coisas lhe eram lícitas, mas que nem todas as coisas edificavam (I Coríntios 10:22). Então, o que a juventude anda fazendo para se edificar diante do Senhor? Será que uma paquera na hora da pregação, edifica? Será que a preocupação exagerada com uma roupa ou os adornos para o cabelo, edifica? Será que a falta de perdão entre jovens que se aturam apenas por causa da placa da igreja, edifica? Será que uma mentirinha sem importância, apenas para não se complicar dentro da igreja, edifica?

Eu disse a um jovem nesse Congresso que, se eu afirmasse que não mentia, já estaria mentindo, mas que procurava evitar a mentira todos os dias. Ele concordou entre risos, mas me disse que, se for por algo muito importante, talvez uma mentirinha não teria problema. Será que esse rapaz me edificou, ou se edificou a si mesmo, ao dizer tais palavras?

O jovem tem muita força para lutar contra o mal. Mas que tipo de mal?

Com o avanço tecnológico as coisas ficaram simples, contudo, perigosamente, o mal se esconde na simplicidade das coisas, afinal, o que tem de mais deixar o recinto da pregação da Palavra de Deus, que guia e exorta, para dar atenção às jovens senhoritas que desfilam seus belos vestidos e penteados? Aparentemente nenhum mal há nisto. Mas quando a Bíblia fala de “e o teu coração guarde os meus mandamentos”, quer dizer que, se o jovem (ou qualquer outra pessoa), for a uma igreja ou a um Congresso para fazer outra coisa que não se alimentar do culto e das pregações, melhor então ter ficado em casa. Como guardar no coração os mandamentos do Senhor se não estamos prestando atenção nas pregações? Como guardar os mandamentos do Senhor se não damos ouvidos às letras dos hinos que são entoados? Como ouvir a voz do Senhor, se estamos ouvindo tudo, menos, a voz de Deus em nossos ouvidos?

A Bíblia diz que a Sabedoria existe desde a eternidade (Provérbios 8:22-36) “O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, e antes de suas obras mais antigas”; e conclama para que a busquemos como a tesouros escondidos: “Se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2:4,5). Quão grandiosas coisas são essas acerca da sabedoria de Deus! De que outra forma poderá o jovem ter vida, senão através da sabedoria de seu Criador?

Mas para que se chegue a ela é preciso estar atento; é preciso busca-la como a tesouros escondidos. Os garimpeiros perdem a vida em assassinatos na Reserva do Roosevelt, próxima a Pimenta Bueno em Espigão do Oeste, pela obsessão em diamantes. Trabalham dia e noite, sofrem no mato, passam fome, ficam doentes e nada pode-lhes parar, a não ser o assassínio. Assim deve o jovem buscar pela sabedoria de Deus nos cultos e nas pregações, porque a “verdadeira sabedoria e o bom siso serão vida para a tua alma, e graça para o teu pescoço” (Provérbios 3:21,22).

Os jovens estão na supremacia de interesses do diabo, porque ele sabe que se a juventude verdadeiramente se converter, enfrentará grandiosos problemas irreversíveis, porque os jovens do Senhor têm força sobrenatural e vencem em todas as batalhas contra o inimigo de nossas vidas. Grande parte dos criminosos do nosso país é jovem; são os jovens os grandes responsáveis pelo tráfico; são os jovens que dominam as ruas das grandes cidades e aterrorizam a sociedade; mas são também os jovens que empunham a bandeira da paz no Brasil fazendo o trabalho mais pesado; é nos jovens que repousa a força e a garra vindas do Senhor.

Depende mais dos jovens a evangelização dos oprimidos pelo diabo, e para que isto aconteça, eles devem estar sentados em seus lugares, olhares fixos no altar e ouvidos atentos à voz de Deus, através do Espírito Santo que fala nas pregações e nos hinos. Os que continuarem em busca de paqueras do lado de fora, “correm para o mal e se apressam em derramar sangue... armam ciladas contra o seu próprio sangue; e as suas próprias vidas espreitam. Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela prenderá a alma dos que a possuem” (Provérbios 1:16-19).

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Eu trabalho sem salário

Estou cansado dessas coisas
Estou cansado de tantas reclamações
Ameaças e injustiças
E promessas de ilusões...
Todos querem aparecer
Todos querem se mostrar
Todos querem mostrar tudo
Mas ninguém quer me pagar.

E quando a gente vai embora
Todo mundo fala mal
Mas ninguém vai à sua casa
Pagar as contas do mercado.
É bom ficar bem informado
É bom ter a foto publicada
É bom ser fotografado
É boa a festa da balada
Principalmente se for de graça
À custa da desgraça alheia.

Por isso você não vai pra frente
Oh minha cidade amada
Sanguessugas que te sugam
Não te deixam progredir.
Empresários vêm de fora
Pra levar o seu dinheiro
E não deixam na cidade
Um centavo do custeio.
Picaretas vêm de fora
E conseguem seus contratos
E a gente que trabalha
Leva ferro pelo rabo.

Mas me deram quase tudo
E só não me deram grana...
Eu trabalho sem salário
Co’essa cara de otário...

Pimenta Bueno, 14 de Novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A coisa em Pimenta não deve estar muito boa: Câmara teria traidores

O vereador Moacir de Moura nem quis falar do PTB na Tribuna hoje. Simplesmente dispensou o uso do recinto. Ele justificou dizendo que a “panela está fervendo” na política local. E está mesmo. Inúmeras reuniões estão sendo feitas, antes e depois das sessões; e quando não há sessão, nos bastidores, em casa, na rua, nos escritórios, enfim, em qualquer lugar.

O meu amigo Omégeni Ramos, o Marrom, disse uma verdade: “Quando um político deixa de cumprir um compromisso assumido com outro em prol do sucesso de seus interesses pessoais, ele é um estrategista político; quando um ‘oreia seca’ não cumpre com sua palavra e parte em busca de algo melhor para a sua vida, pessoal ou profissional, com um político, ele é um traidor”. “Por isso às vezes eu prefiro ser tachado logo de traidor; é melhor do que ficar dando murro em ponta de faca”, diz o nobre colega... concordo com ele.

Mas o pensamento do altaneiro DJ Marrom não bateu 100% com o que está acontecendo na Câmara de Vereadores pimentense. Em nome de “algo melhor para Pimenta Bueno”, parece que alguns vereadores deixaram de cumprir seus compromissos com outros vereadores e se juntaram em torno de uma melhora, ou seja, em torno de uma “Mesa Diretora melhor”, em nome da liberdade; da liberdade que eles consideram fundamental para que a política local seja mais independente.

Entretanto os vereadores que viram o compromisso quebrado, não entenderam o fato como “brilhante estratégia política” a manobra dos companheiros, e sim, traição mesmo, na íntegra da palavra. Dentro deste aspecto então, a Câmara de Vereadores de Pimenta Bueno teria seus ‘traidores’. É o que muitos chamariam de um mal necessário. Em suma, Maquiavel falou mais ou menos isto no livro “O Príncipe”. Não importam os meios quando os fins estão acima de tudo, para uns poucos até mesmo acima de Deus.

Alguns vereadores estão tão concentrados na eleição da próxima Mesa Diretora que não têm tempo para pensar em Deus. Até tentam, mas certamente, sem querer julgar ninguém, até porque a Bíblia Sagrada diz para não julgarmos o próximo “Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem? (Tiago 4:12)”, dificilmente vão conseguir quando suas atitudes políticas mostram seu desprendimento das coisas de Deus.

Contudo, como dizem, a sorte foi lançada. Certo é que foi bem pensada antes de ser lançada. Mas o desfecho propriamente dito, só depois do 1° de janeiro. As autoridades constituídas têm a permissão de Deus para governar, para exercer juízo sobre o povo, mas verdade é que se usarem dessa permissão para fomentarem planos sórdidos em detrimento dos menos favorecidos, serão cobrados pelo Grande Juiz: “Ouve tu, então, nos céus e age e julga a teus servos, condenando ao injusto, fazendo recair o seu proceder sobre a sua cabeça, e justificando ao justo, rendendo-lhe segundo a sua justiça (1 Reais 8:32).

A coisa em Primavera não deve estar muito boa, politicamente falando

Não tenho nada contra a Prefeita de Primavera. Pelo contrário, ela me deu apoio quando precisei. Também não tenho nada contra seu adversário nas últimas eleições. Mas agora que tudo passou e a prefeita foi reeleita, uma série de irregularidades começam a aparecer. Então, não para que ela seja condenada ou absolvida simplesmente, mas para que a situação se esclareça de vez e todos se sintam satisfeitos com as explicações, tanto de quem acusa quanto de quem se defende, a Justiça Eleitoral tinha que dar mais atenção e agilidade ao caso.

O Ministério Público de Pimenta Bueno está recebendo provas e denúncias contra Eloísa Bertoletti; está dizendo que as provas são insuficientes para condena-la e está ‘ouvindo’ eleitores que afirmam terem vendido voto e recebido dinheiro para votar na reeleição da prefeita.

É incontestável a capacidade dos magistrados da Justiça Eleitoral local, em fazer tramitar com agilidade os processos. Foi assim com o processo do vereador eleito Reginaldo do Sindicato, que teve seu registro indeferido em Pimenta Bueno. Reginaldo teve que recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral – TRE em Porto Velho e poderá, até mesmo, não tomar posse como vereador, assentando em seu lugar o Professor Régis.

Uma ‘carreta’ de interesses políticos em Primavera de Rondônia está em jogo, e dificilmente o processo receberá celeridade, até porque a prefeita está sob as asas protetoras do deputado estadual Kaká Mendonça, parlamentar que ao longo do primeiro mandato da prefeita foi um aliado de sua Administração. Primavera de Rondônia foi um dos municípios fundamentais para a permanência de Kaká Mendonça ocupando uma das cadeiras da Assembléia Legislativa

O Ministério Público disse que o processo está correndo sob sigilo de Justiça e maiores detalhes não podem ser publicados, o que nos leva a imaginar que a coisa não deve estar muito boa.

Por outro lado, Manezão, o adversário político de Eloísa Bertoletti, está tranqüilo. Disse que apesar da decepção na política, não por ser derrotado nas urnas, mas pela forma que vê suas denúncias e provas serem “cozidas em banho-maria”, sente que a Justiça prevalecerá, seja pelos meios dos homens, seja pelos meios divinos. Homem de índole ilibada e costumes simples, cuida dos negócios da família e pesca quando sente vontade. Diz que não quer mais ser candidato, mas estará sempre ao lado dos que fizerem a boa política em favor dos menos favorecidos e do desenvolvimento de Primavera de Rondônia.

Três vereadores foram eleitos pela coligação de Manezão. Cezinha foi o mais votado e disse que quer honrar o apoio recebido do pecuarista. Tem articulado com os companheiros um tempo de renovo junto ao Legislativo de Primavera, e espera, verdadeiramente, ser um referencial de diferenciação política naquele município.

Então, nem tudo está perdido, nem para Manezão, nem para Eloísa Bertolleti. O que não pode acontecer é a sujeira, digo, SE HOUVER, ser empurrada para debaixo do tapete, como normalmente acontece no Brasil, seja no âmbito político, seja no âmbito da Justiça.

domingo, 9 de novembro de 2008

Quanto valem tuas lágrimas?

O que eu disse já foi dito
E o meu escrito
Não tem borracha que apague.
Você me ofereceu vinagre
E eu padeci em suas garras.
Você sorri escondendo o terror;
Oh Baby, eu não sinto amor
Porque o sentimento terno
Se transformou em terremoto
Dentro de mim...

Sou uma bomba, Baby
Um motor explodindo combustão
Sou o olho do furação
Na calmaria de um deserto.
Sou águia voando a céu aberto.
Não seja minha presa Baby;
Não se prenda aos meus mistérios.
Eu falo sério quando digo
Que a estrada é minha amiga
E meus pés, meus companheiros;
A mochila é minha amante
E o horizonte meu caminho.

Não quero mais as tuas lágrimas
Minha lástimas levarei.
Na sua terra não sou rei
Na minha terra sou Poeta.
Não me jogue sua seta
Porque do veneno que usastes
Bebo pela manhã no desjejum.

Tenho um olho que olha
E o outro que dorme;
Tenho num dente veneno
E na língua desejos;
Tenho na mente uma semente
Tenho na mente uma semente
Tenho na mente, simplesmente
A vontade ardente de não ser
O seu ser despresível...

Quanto valem minhas palavras Baby?
Quanto valem tuas lágrimas?

Pimenta Bueno, 09 de Novembro de 2008

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Minha cozinha fede

Minha cozinha fede
Porque tem frango podre debaixo da geladeira
O meu fogão fede
Porque há dois meses não vê sabão
Minha comida fede
Porque é feita com mau agouro
Minha casa fede porque não moro só.

Minha vida fede
Porque não tenho altitude
Minha vida fede
Porque não tenho atitude
Minha vida fede
Porque eu temo altitude
Minha vida fede
Porque não tomo atitude.

A cantora me convidou
Para ir vê-la cantar
A minha viola se quebrou
E eu não sei mais rebolar

A cantora me convidou
Eu entendi o seu cantar
Porque do jeito que me cantou
Ai, eu quis me entregar

Mas a minha vida fede
Porque eu sou um palhaço
A minha vida fede
Porque eu não sou de aço
A minha vida fede
Porque não canto a mulher do outro
A minha vida fede
Porque não sou homem: sou ogro.

A loirinha me convidou
Para vê-la me chupar
A morena se assanhou
E só pensa em me pegar

Quem eu quero não me quer
E por isso eu não quero
Quem não quero é quem me quer
E então me desespero...

Minha gata é autoridade
E não sabe o meu pensar
Se soubesse ela descia
Do palanque pra me amar...

Nem que fosse uma noite
Nem que fosse um minuto
Nem que fosse uma vida
Nem que fosse véu de luto...

Mas a minha vida fede
Porque não tenho altitude
Minha vida fede
Porque não tenho atitude
Minha vida fede
Porque eu temo altitude
Minha vida fede
Porque não tomo atitude.

Pimenta Bueno, 07 de Novembro de 2008

Eu em Segundo Plano

Qualquer coisa a mesma coisa!
Vale alguma coisa que não vale nada?
Vale a pena tentar quando se acredita
Que alguma coisa possa valer a pena.
Mas não é a pena algo tão banal?
A pena não é banal quando se pega
Trinta anos de reclusão sem direito a fiança.
E a confiança vale a pena de alguma coisa?
Não vale quando é traída, quando é trocada
Por outra coisa que não vale a pena.

E você tem pena de quem não vale nada?
Se eu pudesse mataria todos
Nem que fosse de raiva... nem que fosse beliscando.
Não tenho pena de quem não tem pena de mim;
Não tenho pena de quem não liga pra mim;
Não ligo pra ninguém que não tem pena de nada...
Pena que não tenho muita coisa pra oferecer
A não ser essa mania de escrever
Que não perco nunca; que não larga de mim;
Que não me esquece. Quando esqueço
Ela me lembra que faz tempo que não escrevo...
E cá estou eu novamente navegando em águas turvas
De um mar tenebroso que não tem pena de mim.

Você está muito dramático...
Drama você veria se eu socasse aquela guiria
Na cara... mas não posso... sou limitado...
Todos me limitam... Deus me dá liberdade
E um monte de limites... as Leis me limitam...
As de Deus e as dos Homens...
As primeiras são difíceis, as segundas são inúteis.
Ninguém é livre para ir e vir
Quando não se pode jogar papel na rua.
Eu não jogo papel na rua porque quero a rua limpa,
Mas isso não quer dizer que eu não poderia, por Leis...

Quando eu estudava na escola
As professoras de Português gostavam de mim.
Quando parei de estudar sem motivo aparente
Com o passar dos anos elas foram se entristecendo
Porque quando me olhavam viam um grande Poeta
Sem o Curso Superior relacionado à esta área...
Mas eu não gosto de canudo, a não ser no suco de goiaba.

Esse gosto de pimenta mofada não me larga
Essa cidade é triste, mas é minha felicidade...
Quanta sacanagem fazem nessas ruas sem iluminação pública...
Quanta sacanagem fazem sobre as mesas dos gabinetes...
Quanta sacanagem fazem com as Leis que não punem ninguém...
Quanta sacanagem fazem com o meu direito de ir e vir...
Quanta sacanagem fazem com a minha liberdade de escrever...

Quanta sacanagem fazem... só eu não faço nada...

E você não tem pena de si mesmo?
Não tenho pena nem de ti, oh eu em segundo plano...
Não tenho pena nem de ti, oh voz que cantarola...
Não tenho pena nem de ti, oh desconhecida vocálica
Que adentra minhas cavernas auditivas...
Não tenho pena nem de ti, oh mente insana...
Não tenho pena otário... não sou galinha, tampouco galo...
Se fosse bicho de pena, seria urubu...
Ninguém me encheria o saco
Ou cheiraria minhas penas...
Só do urubu eu tenho pena...
Porque ele é flamenguista...

Quem não tem pena não escreve Poesia...

Pimenta Bueno, 1 de novembro de 2008

Canção do Exílio da Casa

minha casa tem paineiras
onde cantam as cigarras
o meu peito tem cigarro
e o meu bolso prestação.

não permita, Deus, que eu morra,
mas que viva nessa droga
trabalhando na bigorna
e coçando o Sabiá.

minha casa tem mais flores
e uma renca de crianças
minha nega usa bobis
e o cachorro já nem late.

em cismar, sozinho, à tarde
pro boteco vou ligeiro
de cavaco e tamborim
atabaque e um pandeiro,
vez em quando, um bandolim.

minha casa tem amores
em distintas posições
ouço “Ratos de Porão”
não penteio meu cabelo.
em cismar, sozinho, à noite
chamo a nega no cipó
dou um grito de “Tarzan”
pulo e planto bananeira.
minha casa tem paineiras
nelas crio um Curió.

não permita, Deus, que eu morra
sem ter brilho de estrela
sem ter grana em um banco
sem pagar as minhas contas
dar meu nome à Rafaela.
minha casa tem mais vida
(muriçocas ao deitar)
não permita, Deus, que eu morra
ao cantar do Sabiá.

Londrina, 16 de fevereiro de 2005

Não adianta fazer ‘festa’ em Brasília... o protesto tem que ser feito em Pimenta Bueno

Por incontáveis vezes o Prefeito Augusto Plaça esteve em Brasília para defender os interesses de Pimenta Bueno, e no meio da sua ‘papelada’, certamente levou as cobranças a respeito da conclusão dos viadutos pimentenses. Até mesmo o vereador Ananias Pereira de Jesus, na condição de Presidente da Câmara de Vereadores, fez suas cobranças. Lideranças políticas e empresariais, responsáveis pela obra, das esferas nacional, estadual e local, já se reuniram em Brasília e em outras localidades para discutir o assunto. Já se reuniram também em Pimenta Bueno e Porto Velho, mas nada foi resolvido e os viadutos continuam pela metade.

Empresários pimentenses dizem que já gastam o suficiente com os transtornos gerados pela não conclusão da obra, e nem se pudessem gastariam dinheiro indo a Brasília para desenrolar emaranhados políticos que nem senadores, deputados federais, prefeito e vereadores conseguem desenrolar. “Essa história de viaduto em Pimenta Bueno é um triste episódio da nossa realidade, mas o problema precisa ser resolvido”, dizem os comerciantes justificando a festa de aniversário simbólica da paralisação da obra, que será realizada amanhã (1), às 10 horas, diante do viaduto chamado pela Folha Pimentense de “Nãovai”. O jornal eletrônico manifestou hoje (30), através de uma crônica recheada de ironia, seu apoio em torno de que se encontre uma solução para o caso, nem que os viadutos sejam utilizados como “pista de pouso para discos voadores”, como diz o texto.

“Os viadutos não tem sentimentos nem para se comover com a ‘festinha’, e tampouco para enviar cartas ao povo pimentense através da Internet. A intenção não é faze-los sentir alguma coisa, mas através de um protesto cômico e simbólico, chamar a atenção das autoridades para esta lástima em nossa cidade. Longe de ‘provocar’ os pobrezinhos abandonados, queremos manifestar que, tanto quanto os viadutos, os comerciantes das marginais da BR 364 e o povo pimentense também são órfãos dos grandes políticos que nos representam”, concluem os comerciantes enfatizando que, poderão até tentar conseguir balões suficientes, não apenas para enfeitar os viadutos, mas também para ver se os balões conseguem leva-los da cidade, voando, como aconteceu com o padre Adelir de Carli na segunda quinzena de Maio deste ano, em Santa Catarina, que morreu ao tentar chegar na Argentina à bordo de um monte de balões de aniversário, com a nobre missão de bater um recorde de vôo a bordo de balões de festa cheios de gás hélio.

Adamastor Junqueira e a falta de drives de disquete na empresa

Os meninos da rua dizem que ela é antipática. Adamastor Junqueira não conseguiu sentir essa afirmação na loira de um metro e setenta de altura, quando ela entrou na sala vestida em sua calça jeans apertada e uma blusinha branca com babadinhos estilo hippie, um decote profundo que permitia ao mais distraído a contemplação momentânea dos fartos seios rijos.

Ano de 2008; Século XXI. Quanto evoluiu a humanidade nos últimos tempos! Evoluiu tanto que ela queria apenas imprimir o arquivo Word que estava em um disquete, e não conseguiu. “Não temos drive de disquete”, foi a negativa que a deixou desanimada. Era um trabalho de faculdade muito importante. Valia nota naquela noite.

O desapontamento da universitária e o fato de, nos quinze computadores do local não haver um único drive de disquete sequer, fez com que Adamastor Junqueira se questionasse consigo mesmo: “Meu Deus, em que tempo estamos?”.

Uns dias, antes disso, Adamastor tinha parado no portão de sua casa para dar ouvidos a um desses pregadores que andam de porta em porta falando de Deus e de Jesus Cristo, distribuindo panfletos e convidando as pessoas para um culto. Naquela ocasião o Pregador lhe disse, mostrando na Bíblia (e é claro que Adamastor não lembra a citação da passagem), que no fim dos tempos Deus ia abreviar os dias na terra porque a humanidade não suportaria os acontecimentos desse tempo. Foi então que o Office-boy levou um susto.

“Como pode uma mulher tão perfeita, por um ato corriqueiro desses, me trazer um pensamento tão profundo?”, pensou Adamastor mergulhando em filosofias neste momento. “Eu não consigo nem pensar mais nos belos seios que queriam saltar da blusa da moça... só consigo pensar que a falta de drives de disquete nos quinze computadores da sala significa a abreviação dos dias, porque a era dos disquetes passou, e eu nem percebi... e isso quer dizer que estamos no fim dos tempos... e isso quer dizer que eu estou lascado, porque se eu continuar dizendo pra minha mãe que sábado à tarde vou jogar bola com os amigos, quando na verdade vou me aventurar do outro lado da cidade, estou no inferno...”.

É Adamastor, pra você ver o que pode ocasionar a falta de um mísero drive de disquete na empresa...

Noites de Pimenta

Pimenta Bueno é uma cidade eterna
suas ruas em minhas pernas
são caminhos que não canso de trilhar.
quantas vezes, cidade minha,
ainda hei de te poetizar?

tuas entranhas contam minha história
tuas pessoas são minha notória
tuas escolas, anseios de meu futuro
pena, meu amor, que por muitas vezes
feito gato, vou por cima de teus muros.

Pimenta Bueno é uma cidade interessante
embora, alguns anões desinformados
tentam se passar por gigantes. Desarmados,
são como os profetas de Maquiavel:
perdem todas as batalhas, vão para o Inferno
enquanto o azul desse meu terno
faz lembrar as maravilhas do meu céu...

o branco não é mais branco
porque o pó dessa poeira
faz-me escrever besteira...

Pimenta Bueno, 14 de janeiro de 2004