Novela Sóstenes Silva: Capítulo 3

Há uns dias o apresentador Sóstenes Silva foi lançado pré-candidato a prefeito de Pimenta Bueno pelo PDT local. Escrevi dois comentários sobre o assunto (leia aqui comentário 1 e comentário 2) e publiquei no meu Diário (porque eu sou um ser pensante que é o “melhor do melhor do mundo” em ter um diário para escrever).

Dentre as poucas pessoas que têm acesso ao meu Diário algumas não gostaram do que escrevi. Elas também entraram no meu site e destrincharam uma série de críticas a respeito dos meus textos, e até questionaram minha vida espiritual dizendo um monte de coisas que não tinham nada a ver com os textos propostos para reflexão originariamente.

Mas não é sobre esses anônimos que quero falar. Quero voltar a falar do apresentador Sóstenes Silva e suas manobras políticas na tentativa de conquistar uma vaga, ou na Câmara de Vereadores ou na Prefeitura Municipal, ou, pode ser, em nenhum dos dois lugares.

Não acredito muito em coincidências. Acredito em milagres, mas em coincidências não. E também acredito, é claro, nas análises políticas que começo rascunhar. Acontece que cerca de uma semana depois que publiquei o segundo texto o pivô de toda a discussão saiu oficialmente do PDT e filiou-se ao PP. “E agora José”?

Com todo o respeito que eu já disse pessoalmente ao pretendente político dentro da minha casa, quando ele me procurou depois da publicação dos dois textos, só me resta pensar, como ser pensante que sou, que Sóstenes Silva fez uma análise da conjuntura política local, viu que dentro do PDT não conseguiria alcançar o intento almejado, recebeu uma proposta mais vantajosa do “super-grupo” do PP e, sem titubear “se mandou” pra lá.

Mas não é tão simples assim: vamos mergulhar mais um pouco neste mar tenebroso.

Sóstenes Silva me garantiu por telefone que antes de sair do PDT conversou com as principais lideranças do partido que entenderam a sua vontade e lhe teriam dado todo apoio. Nem preciso dizer que as coisas não são bem assim. Ora, não esqueçamos que estamos falando de um partido político que antes de sua desfiliação o havia lançado, oficialmente, através da mídia virtual e da TV, pré-candidato a prefeito da cidade.

Já houve quem me procurasse depois desse telefonema com Sóstenes Silva para dizer que a ‘coisa’ não foi bem assim. Fonte fidedigna de dentro do partido e liderança para participar do próximo pleito eleitoral com chances de se eleger afirmou que o apresentador simplesmente deixou para trás uma turma de peso que estava disposta a acompanha-lo em uma projeção séria de compromisso indissolúvel, e que lhe daria total resguardo.

Com a manobra política de Sóstenes Silva e independentemente das argumentações deste ou daquele, o que consigo vislumbrar é que o apresentador não pensou duas vezes em garantir o seu próprio interesse sem pensar na coletividade do partido que primeiro lhe oportunizara uma chance de se lançar candidato a prefeito de Pimenta Bueno.

Ainda não se sabe a que custo a manobra foi executada, porque o PP é um partido forte que tem em sua dianteira o senador Ivo Cassol, que foi governador do Estado de Rondônia, e que, como todo mundo sabe quer voltar ao poder executivo estadual. O PP é um partido que em Pimenta Bueno está se afunilando para estreitar laços estratégicos visando as eleições 2012 com o PTB de Kaká Mendonça.

Quando Sóstenes Silva estava no PDT e cogitava ser candidato a vereador, até mesmo eu cheguei a pensar que teria boas chances de exercer um mandato legislativo. Mas depois que foi lançado pré-candidato a prefeito, comecei a pensar que Sóstenes Silva iniciava uma caminhada por vales incertos e sombrios. E depois então que realizou a sua manobra, priorizando, ao que posso entender, 100% dos seus interesses particulares, passo a acreditar que tenha sido engolido politicamente no aspecto geral.

Que Sóstenes Silva tenha cacife para se eleger vereador ou prefeito de Pimenta Bueno, é coisa de que me nego afirmar, mas que parece não pensar em outra coisa a não ser alcançar seus objetivos particulares a qualquer custo, isto eu afirmo plenamente.

E nada disto está errado! E ninguém tem nada a ver com isso! Nem eu mesmo! Só peço, então, que eu não seja tratado como uma “galinha”, uma vez que fui chamado de “águia” desde o ventre de minha mãe; só peço que não me tratem como alface, uma vez que fui talhado para ser aroeira fundamentada na Rocha; apenas peço que não me tratem como energúmeno, uma vez que fui dotado pelo Deus Todo Poderoso de dois olhos que observam, dois ouvidos que ouvem, um cérebro que tudo processa e dez dedos que estas palavras digitam.

Eu, particularmente, não quero como prefeito do meu município um cidadão que não tenha compromisso com o próprio partido político, e que ao primeiro estalar de dedo atende ao chamado dos poderosos. Volto afirmar que penso não haver nada de errado nisto, mas nem por isso preciso concordar, aceitar e, depois de tudo ainda votar neste tipo de pessoa quem quer que seja ela.

Acredito que o prefeito de uma cidade tem que ter, no mínimo, comprovação de fidelidade partidária como uns poucos que existem em Pimenta Bueno, a exemplo do vereador Cleiton Roque e da vereadora Marlene Parra; nomes expressivos e conhecidos por atuarem e defenderem os interesses coletivos de seus partidos políticos, PSB e PT respectivamente, aos quais estão filiados há muitos anos. Convites vindos de nomes poderosos da política de Rondônia para filiação a outros partidos certamente não lhes faltaram, mas eles resistiram e decidiram permanecer na defesa de um interesse maior: o de todos.

***

Mas a política, como a partida de futebol é um gigantesco container de surpresas, às vezes boas, às vezes más; mas sempre com surpresas. Tudo poderá acontecer, porque as eleições estão muito distantes e tudo o que acontece hoje poderá não ser confirmado amanhã, e vice-versa, de forma que tudo o que posso fazer é observar e cogitar, torcendo para que o melhor aconteça, e que o povo seja respeitado e tenha seus direitos assegurados como merece.

Conduta de alguns vereadores durante as sessões em Pimenta Bueno é uma vergonha

Entende-se que os vereadores foram eleitos para representarem sob a Lei os interesses da população de um município. Como pessoas importantes que são para toda uma sociedade, subentende-se que eles deveriam se portar durante uma Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de acordo com a conduta esperada pelas centenas e milhares de eleitores que os colocaram dentro daquele ambiente.

Entretanto, o meu amigo e colaborador Tiago Abatti me disse algo na manhã desta terça-feira (20) que me chamou a atenção: "Eu sinto vergonha quando vai um cidadão ou um estudante acompanhar a Sessão da Câmara de Vereadores pela primeira vez para ver como é; aquilo é uma bagunça", exclamou o editor de vídeos.

Tiago Abatti está certo. A conduta de alguns vereadores durante as sessões é vergonhosa. Não é nem questão de falta de educação, é questão de falta de respeito com a população, com as pessoas presentes na Sessão e com os colegas de trabalho. Tem vereador tão mesquinho que faz questão de ficar conversando, como se fosse uma lavadeira na beira do rio em companhia de outras lavadeiras, falando em voz alta pelo bel prazer de atrapalhar o discurso do adversário político que ocupa a Tribuna.

Esse tipo de vereador não percebe o quando está sendo ridículo e mesquinho. Tem vereador que faz questão de não prestar atenção no que o companheiro está falando. Às vezes determinados vereadores, principalmente os que fazem oposição ou questionamentos relevantes e de interesse coletivo, estão em pleno discurso abordando assuntos importantes, enquanto outros vereadores debochadamente dão risada em voz alta, ficam andando de um lado para outro, atrapalhando a Sessão, fazendo barulho e demonstrando que não merecem retornar pelo pouco caso que fazem de sua postura diante do Poder Legislativo Municipal, em alguns momentos atendendo assessores, conhecidos e "chegados" no balcão que separa o público dos edis como se aquilo fosse o balcão de um boteco.

Como pode um vereador que não consegue se comportar durante uma Sessão na Casa de Leis, ser capaz de analisar um projeto, ver o que está de acordo com a Lei, saber se é realmente aquilo que vai de encontro com as necessidades da população, e estar apto para votá-lo no momento apropriado?

O povo tem que participar mais das sessões da Câmara de Vereadores de Pimenta Bueno. Com exceção de William Torchetti, não vejo outro presidente de bairro acompanhando as principais discussões sobre o município. De vez enquanto aparece por lá um presidente de associação, e ainda para falar particularidades com algum vereador, mas quase nunca para tomar pé das coisas importantes que deveriam receber a atenção de todos dentro da Casa Municipal de Leis.

Por mais que se fale em cumprir o Regimento Interno, parece que o mesmo não serve nem para gibi. O Tempo Regimental de 15 minutos na Tribuna é cumprido, salvo engano, apenas pelo vereador Bozo (PSB), que quando faz o uso daquele espaço raramente chega aos dez minutos de discurso.

Alguns vereadores tem que acordar e sair do comodismo. Tem vereador que acumula tantos anos de "experiência" na legislatura que nem quer se dar ao trabalho de ouvir os discursos de dois ou três colegas; tem vereador que se acha tão importante que não se dá ao trabalho de comparecer a Sessão quando sabe que há projetos polêmicos para serem discutidos, e sai de fininho deixando uma desculpa esfarrapada para trás; tem vereador que se acha tão correto em sua conduta que simplesmente vira as costas e sai; mas estes estão fadados à falência política se não reverem seus conceitos: e quem viver, verá!

Um olhar crítico sobre Kaká Mendonça neste momento: Teria Pimenta Bueno dois deputados em 2012?

Pimenta Bueno é uma cidade promissora. Isto todos já sabem, até porque grande alarido é feito em cima das coisas que dão certo; que estão dando certo, e que têm grande probabilidade de continuar dando certo.

O município vive um momento atípico em sua política. Sim, porque é o meio político o grande responsável pelas grandes movimentações da cidade, sem deixar de lado, é claro, a importância que têm as empresas locais que juntas caminham cada vez mais para o rumo da consolidação no comércio de Rondônia, através de investimentos isolados e também em parceria através de instituições ligadas ao setor.

Mas neste momento é de política que quero falar.

Pela primeira vez Pimenta Bueno está sem um representante na Assembléia Legislativa. O ex-deputado estadual kaká Mendonça (PTB), como todo político, tem seus fãs e seus adversários. O que importa agora não é se ele era “bom” ou “mau” político; o que importa é que muitos segmentos, sendo ou não favoráveis ao seu nome dentro da Assembléia, ficaram sem um representante.

Contudo o nome do ex-parlamentar está praticamente consolidado para seu retorno a uma das cadeiras da Casa de Leis de Rondônia. Mas mesmo ainda não ocupando uma cadeira de deputado Kaká Mendonça está no cargo de maior importância, a Secretaria Geral sendo o “homem da caneta” depois do Presidente, Valter Araújo, que aliás é seu grande mantenedor dentro daquele poder.

Mas que importância tem isto para o MUNICÍPIO de Pimenta Bueno neste momento?

Ainda como deputado estadual Kaká Mendonça podia atender esta ou aquela associação, principalmente as associações ligadas ou comandadas por seus "parceiros", mas, e agora?

Sob um ponto de vista TOTALMENTE IMPARCIAL, Kaká Mendonça continua vivendo um bom momento político por ocupar um dos mais importantes cargos do Estado de Rondônia como Secretário Geral da Assembléia Legislativa, mas isto é melhor para ele próprio do que para o município de Pimenta Bueno como um todo. Ou não?

Entretanto antes de começar a ser "apedrejado" pelos leitores de plantão, quero uma oportunidade de explicar o MEU PONTO DE VISTA. Está se tornando corriqueiro em Pimenta Bueno um texto de "Dado Martins" ser taxado de "paulada" apenas com a leitura do título; os maus leitores dos meus textos dizem também que, quando escrevo um ponto de vista ele sempre será pessoal, o que não é verdade. Portanto, vamos ler com calma o que pretendo dizer para depois não saírem dizendo por aí que Dado Martins é inimigo de Kaká Mendonça, ou de Jean Mendonça, ou de Sóstenes Silva ou do Prefeito Augusto Plaça, porque na verdade não sou inimigo de NINGUÉM, nem dos vereadores Professor Régis e Adão Teixeira que, não sei por quê não falam mais comigo.

Continuando, o que Kaká Mendonça mais pode fazer neste momento para defender o interesse de uma associação pimentense, ou da região, é PEDIR, PEDIR e PEDIR, esperando pela boa vontade de seus colegas deputados para o atenderem. A região de Pimenta Bueno tem vários deputados, mas nenhum é deste município, e os deputados em geral priorizam os compromissos políticos que têm com suas bases eleitorais, deixando para segundo, terceiro, quarto e quinto plano os interesses de um ex-deputado de outra região.

FATO é que Kaká Mendonça pode bater no peito e dizer que goza de boa trafegabilidade nos corredores da Assembléia Legislativa, onde mantém estreitos laços políticos e de amizade com várias autoridades, como no governo do Estado, mas isto não quer dizer que poderá agir como se fosse deputado, porque isto não é verdade pelo fato de ter que PEDIR como todo mundo e AGUARDAR para ser atendido, por mais nobre que seja o seu pedido, e melhor que seja a sua intenção.

Não estou querendo dizer com tudo isto que Kaká Mendonça é um nome em queda. Acho que na pior das hipóteses seria um nome estagnado. Isto porque ele encontrou um meio de se manter no “meio”, entenderam? Ou seja, a luz de sua vela não está totalmente apagada enquanto ocupa o cargo de Secretário Geral da Assembléia Legislativa, ao passo que ele continua tendo a oportunidade de fuçar uma coisinha aqui e outra ali. Isto tudo, como disse, é muito bom para ELE.

E qual a melhor maneira então de não sumir de Pimenta Bueno, já que tem que bater cartão todo dia em Porto Velho, e ainda manter a pronúncia de seu nome na boca do povo? Lançando o seu nome como pré-candidato a prefeito. Claro!

Isto também não quer dizer que Kaká Mendonça vá manter esse palavrório até o final, isto porque, como todos sabem, ele tem o interesse maior na Assembléia Legislativa e junto ao governador. Além de querer voltar para uma das cadeiras da ALE, ele quer manter estreito laço com o governador Confúcio Moura, por mais difícil que isto pareça no momento, apesar dos discursos públicos mostrarem que ele está muito bem.

Quero aqui abrir um paralelo para os DISCURSOS PÚBLICOS:

Na última reunião política orquestrada por Kaká Mendonça em Pimenta Bueno ele e o seu pequeno grupo passou, através de um belo discurso, a ilusão de um grande acontecimento político, que na verdade conglomerou mais representantes partidários de outras siglas do que do PTB, seu partido político; também ficou evidenciado nesta reunião que a fusão de PTB e PMDB em Pimenta Bueno é praticamente certa, já que 50% das pessoas que compareceram à reunião eram do PMDB.

Kaká Mendonça ao ter seu nome lançado nesta dita reunião semana passada, quis apresentar, através de discurso, a imagem de um político forte que ainda “manda na situação”, o que não é mais verdade, porque na verdade Kaká Mendonça é sim um dos nomes políticos destacados em Pimenta Bueno, mas não é mais o único.

Cleiton Roque (PSB) é o vereador de longe mais atuante do município; foi candidato a vice-governador de Rondônia nas últimas eleições e conseguiu costurar finos tecidos na política estadual no final do ano passado, e que no ano que vem lhe serão muito úteis se confirmada sua intenção de disputar a prefeitura; Celso Bueno (PSB) também se tornou um forte nome político no município depois que assumiu a complicada secretaria municipal de saúde onde tem conseguido resolver grandes pepinos através do traquejo político e da trafegabilidade que tem tanto em Porto Velho quanto em Brasília.

Estes dois últimos nomes apenas não tiveram, ainda, uma caneta de deputado na mão, mas se um dia conseguirem, primordialmente Cleiton Roque que neste momento parece se projetar melhor para este fim, certamente serão bons ou melhores do que foi, ou ainda será, Kaká Mendonça. É uma questão de oportunidade para que tal cogitação se confirme.

Portanto, o discurso de pré-candidato a prefeito de Kaká Mendonça não deve ser levado muito a sério neste momento sob os mais variados aspectos, que diante da impossibilidade de fechar algo melhor com o PMDB, praticamente sem nomes à altura para disputar a prefeitura de Pimenta Bueno no ano que vem, quer com tudo isto melhorar as condições políticas do irmão, vereador Jean Mendonça (PTB) e ter a oportunidade de chegar para o senhor governador Confúcio Moura em Porto Velho e dizer algo do tipo: “Está vendo senhor governador, lá em Pimenta Bueno eu ainda estou mandando”, na esperança de alcançar maiores favores do estado, seja por interesses coletivos, seja por interesses próprios.

O que não dá para negar é que Kaká Mendonça é um bom brigador, e muito provavelmente estará de volta à Assembléia Legislativa como deputado estadual, assim como Brito do Incra (alguém aí se lembra ou todos já haviam esquecido?), que se tiver a felicidade de ver a deputada Glaucione eleita prefeita de Cacoal (o que não deverá ser muito fácil), terá também a oportunidade de legislar.

Daí sim, Pimenta Bueno sai do ostracismo sem nenhum deputado neste momento para ter dois representantes deputados em 2012.

FICHA LIMPA
Não podemos esquecer da Lei da Ficha Limpa que servirá como quesito para as eleições de 2012. Traduzindo para um Português bem simplificado, é o seguinte: Quando uma pessoa presta um concurso público e passa, para assumir o cargo ela tem que preencher alguns quesitos, como por exemplo, não ter o nome sujo no CERASA. A Lei Ficha Limpa, no final das contas é um quesito a ser preenchido por quem quer concorrer a um cargo político: se tiver condenação em 2ª Instância, não preenche o quesito, e este é o caso do nobre Kaká Mendonça.

O povo de Pimenta Bueno certamente não vai querer jogar seus votos fora mais uma vez, como já aconteceu no passado e recentemente, quando candidatos concorreram e depois tiveram seus votos invalidados. A probabilidade maior é que Kaká Mendonça não concorra como candidato a prefeito, mas nem por isto, talvez por interesses ainda maiores conforme descrevi acima.

Não sou inimigo do Sóstenes: ao contrário do que possam pensar os fofoqueiros de plantão, quero apenas o seu bem e o sucesso de sua projeção, sendo esta a vontade do Pai

Algumas pessoas de mentalidade mesquinha em Pimenta Bueno, do tipo de gente que nunca vai para frente porque não consegue se desprender, ou se libertar da mesmice, do velho homem e das velhas quinquilharias mentais, deveriam rever seus conceitos quando se depararem com uma opinião diferenciada com relação àquilo que elas acreditam e apoiam, afinal vivemos em um país que nos assegura a liberdade de expressão. Esse tipo de gente que não gosta de ler, deveria ler um pouco mais para saber que "o direito à liberdade de expressão garante a qualquer indivíduo a possibilidade de se manifestar, de buscar e receber informações e idéias de todos os tipos, independentemente da intervenção de terceiros. Isto pode ocorrer oralmente, de forma escrita, através da arte ou de qualquer meio de comunicação. Desde a transição para o regime democrático, o Brasil garantiu o direito à liberdade de expressão em sua Constituição Federal, além de reconhecer tratados internacionais relativos ao tema. Apesar disso, alguns avanços em temas específicos são necessários para que a liberdade de expressão se consolide plenamente, como por exemplo em questões como a regulamentação do setor de radiodifusão, a liberdade de imprensa e a democratização do acesso aos meios de comunicação".

O Art. 5º da Constituição Nacional, em seu parágrafo IV diz que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;", e da mesma maneira diz o parágrafo seguinte que "é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem", de forma que os que se sentirem "ofendidos" através do pensamento alheio têm a segurança da Lei para lhes fazer valerem os direitos assegurados. Isto tudo para afirmar e reafirmar que tenho todo o direito, como ser pensante, de manifestar o meu pensamento, mesmo sabendo que não vou agradar a todos, principalmente aos puxa-sacos dos nomes envolvidos nos textos que publico expressando minha linha de raciocínio que, aliás, lê quem quer, e quem não quiser que não passe nem perto, porque grande favor me prestará.

Quando transformei o meu pensamento em palavras escritas no último dia 02 a respeito da projeção do ilustre e inoxidável Sóstenes Silva, apresentador de televisão que pretende, por vontade própria e por forças estratégicas de política partidária, também asseguradas pela mesma Constituição Nacional, ser prefeito de Pimenta Bueno, em momento nenhum quis dizer ou disse que era seu inimigo. Apenas, como eleitor, cidadão, jornalista e micro-empresário pagador de impostos e comedor de feijão com farinha como a maioria dos meus pares, e como ser pensante, apontei às centenas de interessados que leram a paródia da vida como ela é, que no aspecto imaginário de um galinheiro onde vivem galinhas e águias como desenhou o apresentador que quer ser prefeito em uma entrevista que deu, as águias vão comer as galinhas conforme manda a natureza, e ele tem que decidir o que quer ser, porque entre querer ser como a águia, contudo, vivendo e agindo como uma galinha, há uma distância maior que a simples falácia diante do microfone de uma televisão, ou o mero palavrório jogado ao vento pelos becos da cidade.

Daí vem um cidadão e me questiona (também com total liberdade garantida na Lei) os "conhecimentos da Palavra de Deus". Tenha dó meu amigo! Justamente por conhecer um pouquinho de nada da Palavra de Deus é que manifesto o meu pensamento através de palavras o mais alinhadas possível conforme o meu pouquíssimo estudo me permite redigir, a fim de não escrever bobagens mil como fazem alguns colegas, ou como discursam alguns fantoches políticos pela cidade. Jamais serei louco de tocar num ungido do Senhor, porque isto seria para a minha condenação. Agora, se você quis dizer que Sóstenes Silva é um ungido do Senhor, que faça tal afirmação para si mesmo que deve-o conhecer muito bem, porque quanto a mim, necessita ele demonstrar o quanto é ungido, se realmente para tanto achar necessário que o faça, apesar que, em se tratando de mim particularmente, está Sóstenes Silva livre do enfado de me demonstrar qualquer coisa que seja.

Aprendi que antes de ser ungido o homem, assim como a mulher, tem que ter caráter irrepreensível, e que o homem que é ungido antes de mudar o seu caráter mundano não é reconhecido diante do Deus Todo Poderoso, e essa unção não passa de uma ilusão barata vendida por alto preço aos mais necessitados e desprovidos de conhecimento como diz a Palavra de Deus quando afirma que o povo padece por falta de conhecimento, como acontece com alguns pastores e ministros de Deus da nossa cidade; homens que vivem de falar mal da igreja dos outros e das lideranças de igrejas locais, enquanto lobos e raposas devoram o seu rebanho debaixo do próprio nariz. Pode este não ser o caso do meu amigo Sóstenes Silva, que quando arrotou pré-candidatura aos quatro ventos de Pimenta Bueno colocou o seu nome para ser apreciado, analisado, elogiado, criticado e até apedrejado conforme a vontade e a consciência de cada um, dentro dos limites que a Lei nos dá garantia.

Espero estar contribuindo com a política de Pimenta Bueno pensando pensamentos que, talvez, muitos pensem, mas ninguém publica. Essa cidade é tão minha quanto de qualquer outro cidadão. Resido nessas paragens de Rondônia desde o ano de 1977; vi a maior parte das ruas da cidade serem abertas pelas máquinas; vi a construção da BR 364, dos bairros BNH e de muitas outras coisas, assim como vejo a construção da Feira Coberta, do Teatro Municipal, dos asfaltos que se deterioram com menos de um ano e com recapeamento asfáltico feito com lama de piche. Muitas coisas vi, vejo e verei enquanto viver nesta cidade onde serei sepultado no mesmo quintal que minha filha Isabela Amábile, falecida em 2009 por uma fatalidade seguida de vários atropelos esquecidos por todos, menos por mim, mas isto é outra história. Portanto tenho meus motivos para expressar o meu pensamento quando o assunto for o futuro da cidade, e cogito que colocar Sóstenes Silva na Prefeitura será o mesmo que transformar isso num grande estúdio de filmagem, num grande picadeiro de circo, num grande teatro da vida real, nada muito diferente do que já é, ou seja, gravar tudo bem gravado nos bastidores e soltar ao grande público, os telespectadores, os espectadores e eleitores, a programação devidamente editada, com seus cortes, maquiagens, legendas e intervalos comerciais, tudo sob a plena segurança da Lei dos homens.

Galinhas e águias nas eleições 2012 - Sóstenes é lançado pré-candidato a prefeito de Pimenta Bueno com discurso sobre galinhas

O PDT fez uma reunião ontem (01) onde o Repórter radialista e televisivo, Sóstenes Silva foi lançado pré-candidato a prefeito de Pimenta Bueno. Ele deu uma entrevista onde contou uma fábula, segundo um site pimentense (e deve ter contato a tal fábula mesmo, já que faz parte de seu perfil público), sobre uma águia que foi criada como galinha, comendo milho, até que um homem subiu no alto de uma montanha de onde “pinchou” a penosa rumo ao infinito, obrigando-a voar.

Sóstenes Silva quis dizer que não vai agir com mentalidade de galinha, abaixando a cabeça para o que os outros dizem. Com um discurso cheio de coragem e encorajador ele disse que não tem que agir como galinha, “como às vezes querem que sejamos”. Ele disse também que deve respeitar a todos, mas sem nunca sentir medo.

Há quem acredite que o discurso possa ter sido uma resposta do ex-deputado estadual Kaká Mendonça, que segundo as fofocas políticas que rolam pela cidade teria dado a maior prensa no apresentador quando este manifestou o seu interesse em disputar o cargo majoritário da cidade.

Popularidade Sóstenes Silva tem. Este fato comprova-se facilmente acompanhando-o a alguma aglomeração de gente, que pode ser uma festa ou uma reunião. Ele é sempre muito cumprimentado, sobretudo pelos idosos que não perdem o seu programa jornalístico na TV. Resta saber se essa popularidade é o suficiente para o eleger, isto porque é a única coisa com a qual pode contar neste momento, considerando que o partido reuniu pouco mais de uma dúzia de pessoas, entre diretoria e novos filiados, para a sua reunião que está preparando uma “grande nominata” visando as próximas eleições.

Agora, a história da águia e da galinha não ficou bem contada, porque se considerarmos que o senador Acir Gurgacz seria a grande águia do PDT em Rondônia, e o Alves da Eucatur a águia pimentense, que tipo de ave então seria Sóstenes Silva neste aspecto avícola? Bem, ele mesmo citou águia e galinha, mas como no imaginário "galinheiro chamado Pimenta Bueno" já existem águias, aves poderosas que se alimentam de galinhas, seria então o apresentador uma espécie de galinha querendo ser águia? Ou seria uma espécie de águia que ainda não decidiu se voa ou se continua comendo o milho do galinheiro, que é pouco, mas é garantido?

Caros espectadores desta fábula surrealista avícola da política pimentense, as perguntas acima só poderão ser respondidas no ano que vem, quando a bicharada será solta e poucos serão os que poderão discernir entre os bichos de pena, couro e escama. Porque o que terá bagre, veado, porco, anta, macaco, piranha, traíra, cascudo, tucano, galinha e águia, ainda não está escrito em gibi nenhum. Piadinha boa, mas com um fundinho de verdade.