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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Novela Sóstenes Silva: Capítulo 3

Há uns dias o apresentador Sóstenes Silva foi lançado pré-candidato a prefeito de Pimenta Bueno pelo PDT local. Escrevi dois comentários sobre o assunto (leia aqui comentário 1 e comentário 2) e publiquei no meu Diário (porque eu sou um ser pensante que é o “melhor do melhor do mundo” em ter um diário para escrever).

Dentre as poucas pessoas que têm acesso ao meu Diário algumas não gostaram do que escrevi. Elas também entraram no meu site e destrincharam uma série de críticas a respeito dos meus textos, e até questionaram minha vida espiritual dizendo um monte de coisas que não tinham nada a ver com os textos propostos para reflexão originariamente.

Mas não é sobre esses anônimos que quero falar. Quero voltar a falar do apresentador Sóstenes Silva e suas manobras políticas na tentativa de conquistar uma vaga, ou na Câmara de Vereadores ou na Prefeitura Municipal, ou, pode ser, em nenhum dos dois lugares.

Não acredito muito em coincidências. Acredito em milagres, mas em coincidências não. E também acredito, é claro, nas análises políticas que começo rascunhar. Acontece que cerca de uma semana depois que publiquei o segundo texto o pivô de toda a discussão saiu oficialmente do PDT e filiou-se ao PP. “E agora José”?



Com todo o respeito que eu já disse pessoalmente ao pretendente político dentro da minha casa, quando ele me procurou depois da publicação dos dois textos, só me resta pensar, como ser pensante que sou, que Sóstenes Silva fez uma análise da conjuntura política local, viu que dentro do PDT não conseguiria alcançar o intento almejado, recebeu uma proposta mais vantajosa do “super-grupo” do PP e, sem titubear “se mandou” pra lá.

Mas não é tão simples assim: vamos mergulhar mais um pouco neste mar tenebroso.

Sóstenes Silva me garantiu por telefone que antes de sair do PDT conversou com as principais lideranças do partido que entenderam a sua vontade e lhe teriam dado todo apoio. Nem preciso dizer que as coisas não são bem assim. Ora, não esqueçamos que estamos falando de um partido político que antes de sua desfiliação o havia lançado, oficialmente, através da mídia virtual e da TV, pré-candidato a prefeito da cidade.

Já houve quem me procurasse depois desse telefonema com Sóstenes Silva para dizer que a ‘coisa’ não foi bem assim. Fonte fidedigna de dentro do partido e liderança para participar do próximo pleito eleitoral com chances de se eleger afirmou que o apresentador simplesmente deixou para trás uma turma de peso que estava disposta a acompanha-lo em uma projeção séria de compromisso indissolúvel, e que lhe daria total resguardo.

Com a manobra política de Sóstenes Silva e independentemente das argumentações deste ou daquele, o que consigo vislumbrar é que o apresentador não pensou duas vezes em garantir o seu próprio interesse sem pensar na coletividade do partido que primeiro lhe oportunizara uma chance de se lançar candidato a prefeito de Pimenta Bueno.

Ainda não se sabe a que custo a manobra foi executada, porque o PP é um partido forte que tem em sua dianteira o senador Ivo Cassol, que foi governador do Estado de Rondônia, e que, como todo mundo sabe quer voltar ao poder executivo estadual. O PP é um partido que em Pimenta Bueno está se afunilando para estreitar laços estratégicos visando as eleições 2012 com o PTB de Kaká Mendonça.

Quando Sóstenes Silva estava no PDT e cogitava ser candidato a vereador, até mesmo eu cheguei a pensar que teria boas chances de exercer um mandato legislativo. Mas depois que foi lançado pré-candidato a prefeito, comecei a pensar que Sóstenes Silva iniciava uma caminhada por vales incertos e sombrios. E depois então que realizou a sua manobra, priorizando, ao que posso entender, 100% dos seus interesses particulares, passo a acreditar que tenha sido engolido politicamente no aspecto geral.

Que Sóstenes Silva tenha cacife para se eleger vereador ou prefeito de Pimenta Bueno, é coisa de que me nego afirmar, mas que parece não pensar em outra coisa a não ser alcançar seus objetivos particulares a qualquer custo, isto eu afirmo plenamente.

E nada disto está errado! E ninguém tem nada a ver com isso! Nem eu mesmo! Só peço, então, que eu não seja tratado como uma “galinha”, uma vez que fui chamado de “águia” desde o ventre de minha mãe; só peço que não me tratem como alface, uma vez que fui talhado para ser aroeira fundamentada na Rocha; apenas peço que não me tratem como energúmeno, uma vez que fui dotado pelo Deus Todo Poderoso de dois olhos que observam, dois ouvidos que ouvem, um cérebro que tudo processa e dez dedos que estas palavras digitam.

Eu, particularmente, não quero como prefeito do meu município um cidadão que não tenha compromisso com o próprio partido político, e que ao primeiro estalar de dedo atende ao chamado dos poderosos. Volto afirmar que penso não haver nada de errado nisto, mas nem por isso preciso concordar, aceitar e, depois de tudo ainda votar neste tipo de pessoa quem quer que seja ela.

Acredito que o prefeito de uma cidade tem que ter, no mínimo, comprovação de fidelidade partidária como uns poucos que existem em Pimenta Bueno, a exemplo do vereador Cleiton Roque e da vereadora Marlene Parra; nomes expressivos e conhecidos por atuarem e defenderem os interesses coletivos de seus partidos políticos, PSB e PT respectivamente, aos quais estão filiados há muitos anos. Convites vindos de nomes poderosos da política de Rondônia para filiação a outros partidos certamente não lhes faltaram, mas eles resistiram e decidiram permanecer na defesa de um interesse maior: o de todos.

***

Mas a política, como a partida de futebol é um gigantesco container de surpresas, às vezes boas, às vezes más; mas sempre com surpresas. Tudo poderá acontecer, porque as eleições estão muito distantes e tudo o que acontece hoje poderá não ser confirmado amanhã, e vice-versa, de forma que tudo o que posso fazer é observar e cogitar, torcendo para que o melhor aconteça, e que o povo seja respeitado e tenha seus direitos assegurados como merece.



Um comentário:

Zébeto disse...

Essa história do Sostenes candidato a prefeito é sério mesmo? Fala sério...