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terça-feira, 1 de julho de 2008

Desabafo a um metido a besta acompanhado de sua gazela e a uma jovem senhora

Gosto das críticas a respeito do meu trabalho quando são fundamentadas, porque quando ouso questionar o trabalho de alguém, e raramente o faço (nem me lembro da última vez), o faço com fundamentação pautada em conhecimento e, de preferência, experiência com a mesma coisa. Nesta última semana fui criticado três vezes. Honra maior seria se, ao menos, uma das três tivesse fundamentação mínima, o que para minha tristeza não aconteceu. Contudo, consolou-me o fato de ter a certeza de que, bem ou mal o meu trabalho é digno de notoriedade, mesmo por parte dos que apenas o invejam.

Mas duas das três críticas que recebi me chamaram a atenção pelo topete de um mancebo metido a besta acompanhado de sua gazela, e a audácia de uma jovem senhora, esposa de um pré-candidato a vereador amigo meu. É fácil abrir a boca para vomitar palavras impensadas e dar gargalhadas acreditando ser o vão comentário o feito do século. Mas para mim é triste saber que pessoas deste tipo poderão penar até à morte por não conseguirem enxergar um palmo à frente do nariz. E se gasto o meu precioso espaço neste veículo de comunicação, o meu tempo e as preciosidades das poucas palavras catadas que sorvo de meu dicionário de meia dúzia de páginas, sei que muita atenção estou dando a quem não merece, mas fato é que não consigo conter o vício... de escrever com canetas de veneno... isto me é doce como mel.

Diz a Bíblia Sagrada em um dos Provérbios do Rei Salomão que até o tolo quando se cala, é entendido por sábio. Sócrates disse que quanto mais soubesse, entendia que menos ainda sabia: “Eu só sei que nada sei”, por isto deve ter sido entendido como sábio. Eu, longe de tentar sê-lo, gasto palavras. O jovem mancebo metido a besta acompanhado de sua gazela quis me criticar pelo fato de usar “o meu” jornal para postar matéria “a meu” respeito. Sim. O fiz, e o farei quantas vezes achar conveniente, como farei daqui algumas linhas, porque o veículo é meu, nele mando eu, de forma que o uso da maneira que bem entender, porque é meu objeto. É público? Sim. O público os lê (o jornal on-line, o diário on-line e o jornal impresso). Mas os que não querem ler nem passam perto. E bem o fazem. Pelo menos não dirão imbróglios do meu trabalho.

Sobre o infeliz comentário do mancebo metido a besta, publiquei matéria em meu jornal a respeito de uma visita que fiz a uma escola para dar palestra a três turmas da sexta série sobre Poesia a convite do Professor deles. Isto aconteceu porque sou Poeta. Como? Tendo galgado um primeiro lugar em nível nacional em 2004 através de um concurso literário, tendo recebido uma Moção de Aplauso da Câmara de Vereadores de Pimenta Bueno, e tendo, esta semana, CONQUISTADO O SEGUNDO LUGAR NO CONCURSO LITERÁRIO “O Amor está no ar”, com a Obra “Outro Poema”, mais uma vez em nível nacional. O que isto representa? Que eu sou Poeta, oras bolas. Se o sou posso dar palestras sobre Poesia porque tenho conhecimento mínimo que seja sobre o assunto. Se fui convidado pelo professor é porque tenho o mínimo de prestígio nesta área, e se dou uma resposta deste tamanho, é porque me sinto bem em fazê-lo e ninguém tem nada com isto.

Se publico minha visita em meu jornal, é porque um dia precisei de divulgação do meu trabalho e ninguém me deu. Tive que conquista-la no braço, na raça, na vontade e contra um turbilhão de borra-botas como o jovem metido a besta acompanhado de sua gazela que me criticou. Como disse, a semana foi dura. Quem quer discutir Poesia comigo, ou a cultura de nossa cidade, em alguns âmbitos seus, leia um livro pelo menos, pelo menos um Poema só para ter um mínimo de bom para me apresentar, porque não tenho todas as coisas boas do mundo para mostrar, mas tenho algo de bom que pode ser aproveitado, até mesmo por um mancebo metido a besta, que por ter viajado meia dúzia de vezes a Brasília numa alegre brincadeira de fazer política estudantil, acredita estar sobre todas as coisas, até mesmo do sol. O mais triste é saber que ainda encontre uma linda gazela que o acompanhe e lhe compartilhe o espalhafato palavrório.

Já a jovem senhora que teve a audácia de me dizer o que eu tinha ou que não tinha que fazer com o meu veículo de comunicação, foi enfática em afirmar que eu tinha a OBRIGAÇÃO de postar no site TUDO o que acontece de mais importante na cidade. Pelo menos ela acessa o site e sabe que não publico TUDO o que acontece de mais importante na cidade. Mas o que ela não sabe, e vai saber agora, é que não o faço por falta de vontade, mas por falta de condições para fazê-lo, condições que nem ela me dá falando tagarelices impensadas. É o mesmo que eu querer e exigir que a Rede Globo de televisão passe no seu site exatamente tudo o que acontece no mundo. A maior rede de Informação do Brasil não consegue fazer isto. E se conseguisse, o que eu faria com tanta Informação? Se eu conseguisse dar cobertura informativa a TUDO o que acontece em Pimenta Bueno, o que nossos leitores fariam com tanta Informação?

O que essa jovem senhora sabe sobre o meu árduo trabalho em levar Informação? Nada. Se soubesse alguma coisa me perguntaria, em primeiro lugar, se eu precisava de alguma coisa para dar cobertura à matéria que ela queria, em segundo lugar me perguntaria quanto custa publicar sua matéria, porque uma coisa lhes garanto: custo tem. Vivemos em uma cidade pequena, com pouco mais de trinta mil habitantes, e muitas coisas acontecem sim, mas para quem está começando, trabalhando à pé, sem o equipamento devido, ou crédito no celular, acho que estamos indo bem, obrigado.

Verdade é que podemos fazer mais, e o faremos quando tivermos condições para tanto, porque é para isto que me levanto às cinco e meia da manhã, todos os dias, e como agora, que já são 23 horas e 14 minutos, ainda não fui dormir por entender que ela, a jovem senhora, e o mancebo metido a besta acompanhado de sua gazela, podem levantar pela manhã, ligar o computador e se deliciarem com um modesto texto a respeito da nossa realidade.

Façam-me um favor: falem menos e mostrem mais trabalho. A sociedade precisa de vocês. O PBURGENTE on-line vai fazer dois anos no próximo mês de novembro. Não é muita coisa. Mas alguns milhares de pimentenses, rondonienses, brasileiros no Brasil e no exterior já se acostumaram a acessar o site, religiosamente, todos os dias, em busca de uma novidade sobre a nossa cidade, a nossa região, o nosso estado e o nosso país. Se estou cumprindo bem ou mal com a responsabilidade que o Ofício me requer, eu não posso avaliar, mas eis aí um bocado da minha parcela em prol de uma sociedade melhor e uma cidade mais desenvolvida. Se vocês não tiverem roupa para lavar, vão catar coquinho ou fazer coisa melhor, façam qualquer coisa, mas me deixem em paz e tentem ser melhores consigo mesmos. Já será um grande avanço.

3 comentários:

Anônimo disse...

Tem um ditado que diz:"QUEM DIZ O QUE QUER OUVE O QUE NÃO QUER",talvez possa ser aplicado nesse caso. Não te conheço Arnaldo, mas concordo contigo em gênero e grau.

Anônimo disse...

Pimenta Bueno nunca teve uma cobertura das noticias como o Pburgente está fazendo..é o melhor trabalho que já vi em 23 anos de Pimenta.
Continue assim DADO...

Anônimo disse...

POR FERNANDO.


Dado pelo conteudo, imagino quem disse disse essas coisas pra vc.
A tem toda razao, se for quem eu to pensando essa pessoa merece.