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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um risco negro no meio da Floresta Amazônica

Quando a gente trabalha fazendo o que gosta, a gente não trabalha, a gente se diverte o tempo todo. E não deve haver coisa melhor no mundo do que ganhar dinheiro se divertindo. Sim. Eu me divirto com o que faço, e com as bênçãos de Deus a minha brincadeira vai dando certo enquanto incomoda bastante gente séria. Esta noite estou em Porto Velho. Ainda é sexta-feira. Vamos sair daqui de volta para Pimenta Bueno na segunda-feira; quinhentos quilômetros para trás. É uma viagem longa. Mas nada é tão terrível quando, vindo de Pimenta para cá, depois de passar por Ji-Paraná, ter que ficar horas a fio acompanhando a interminável fila de carretas.

Rondônia é um estado que cresceu velozmente nos últimos dez anos. Digo isso porque estive em Porto Velho há dez anos e a BR 364 não tinha todo esse movimento. A entrada da nossa capital não era tão parecida com as entradas das grandes capitais do centro-sul do Brasil. Rondônia cresceu. Há dez anos atrás não haviam tão grandes e numerosas empresas às margens desta Rodovia Federal. Portando, senhores parlamentares federais representantes de Rondônia em Brasília: estamos precisando urgentemente de uma duplicação de qualidade desde Vilhena, passando por Pimenta Bueno (com a duplicação da ponte sobre o Rio Barão do Melgaço), Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Ouro Preto, Jaru, Ariquemes e, finalmente, Porto Velho. Não podemos esquecer senhores, da estrada que liga Porto Velho a Guajará Mirim na divida com a Bolívia.

E eu acho que nem preciso mencionar mais motivos para que esta gigantesca obra seja tirada de um reles artigo e levada a sério, mas vou fazê-lo assim mesmo. Com a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau isso aqui vai virar uma ‘via do inferno’, claro, em sentido figurado, mas para representar a realidade se a nossa BR 364 não for levada a sério por nossos parlamentares. De Ji-Paraná a Ariquemes a BR é muito estreita e sem acostamentos. De uma extremidade a outra de Rondônia a BR 364 é mal sinalizada, não existem os ‘olhos de gato’, que são os sinalizadores noturnos. As placas estão no meio do mato, as faixas pintadas estão sumidas em muitos trechos. A qualidade do asfalto já esteve pior, mas o acabamento do “risco negro no meio da floresta” é um caos. As filas são enormes e a lentidão do tráfego uma tortura para motoristas, passageiros e cargas.

O senador Valdir Raupp esteve há pouco tempo fazendo um discurso na Tribuna do Senado cobrando providências. Mas é pouco. Nossos parlamentares federais tinham que fazer uma espécie de pacto, reivindicando no Senado e na Câmara dos Deputados, com urgência, uma atenção mais especial da esfera federal para com o estado de Rondônia, principalmente por parte do Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transportes – DNIT, que em vários municípios encontra-se com grandes obras inacabadas, a exemplo dos viadutos e marginais de Pimenta Bueno. Representantes deste departamento também deveriam trabalhar com mais afinco e dedicação; com mais respeito à população em Geral, especialmente os comerciantes que sofrem os infortúnios e prejuízos causados pelo transtorno da morosidade.

A duplicação da ponte sobre o Rio Machado, no perímetro urbano de Ji-Paraná, a segunda maior cidade rondoniana, é uma obra louvável. Mas faltam trabalhadores para todas as obras em andamento. O Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, não previu a falta de mão-de-obra com as centenas de projetos sendo executados em todo país. Daqui a pouco nossos vizinhos estarão entrando no país em busca de trabalho, e vão encontrar. Mas isto não é interessante, porque significa falta de organização interna. Contudo, devemos olhar com grandes e bons olhos tudo isto, afinal, realizar Motocross em Porto Velho, um dia, foi bem mais difícil, quando pilotos aventureiros se arriscavam pegando carona em cima de cargas pesadas com suas motos amarradas de corda. E mesmo assim todo mundo já era feliz.

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