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terça-feira, 13 de janeiro de 2009

AFilha do Fazendeiro

O tempo anda meio fechado lá em casa. A Rafa que deveria ter ido trabalhar no fim de semana com o Carlão, e não foi, entrou numa de questionar a veracidade de fatos relatados na Bíblia Sagrada, entre eles, Jesus Cristo. Como Jesus Cristo resume-se em uma questão de crer ou deixar de acreditar, sendo eu um cristão, não gostei dos seus questionamentos não pelo fato dela questionar, mas pelo fato de ela não saber o que quer da vida, sendo que num momento me fala das coisas do Espírito Santo, do eu contato com o Espírito de Deus e das coisas que Ele fala com ela, e depois me vem com essa conversa! O tempo fechou.

Além dessas questões existem outras. Ela mesma me disse dia desses que nossa separação é uma questão de tempo. Disse na minha cara que eu sou um cara sem decisão, quando eu disse a ela que ela não sabia o que queria, referindo-me à aparente confusão em seu espírito quanto as coisas de Deus.

Logo eu que tomei a decisão de permanecer com ela quando tudo pendia para uma separação eminente. Mas acho que ela tem razão, porque essa decisão de separação já havia sido tomada e executada uma vez; eu não tinha nada que ter cedido e voltado. Quando isso acontece o relacionamento cai na falta de vergonha na cara, e é quando coisas desagradáveis começam a acontecer pela falta de respeito um pelo outro.

O Carlão me disse que se eu deixar a Rafa para seguir minha vida, serei um cara amaldiçoado, mas eu quebro essa maldição em nome de Jesus Cristo, porque não a aceito para minha vida. Se fosse amaldiçoado já o era, porque fora o João Gabriel, filho que tenho com a Rafa, tenho mais três filhas com a Eliane, pessoas com quem não convivo na mesma casa há muitos anos.

Nem por isso deixo de ver minhas filhas; nem por isso deixo de amá-las e nem por isso sou um amaldiçoado. Se eu for um amaldiçoado não poderei trabalhar para ajudar os próprios filhos. Então o próprio Deus não permitirá que eu seja um amaldiçoado, porque meus filhos precisarão de um pai abençoado para poder ajuda-los vida afora.

***

Ontem esqueci de contar o sonho da noite: eu trabalhava em uma grande fazenda e era casado com a filha do fazendeiro. Todos me olhavam torto na fazenda, porque era como se eu tivesse dado o golpe do baú. Mas não era verdade porque eu e a filha do fazendeiro nos amávamos. Não me pergunta quem eram essas pessoas porque eu não sei.

O fazendeiro não ia muito com a minha cara. Ele tinha um capataz que gostava da moça e que também não ia com a minha cara porque a moça havia casado comigo. A coisa não tava boa.

Não sei porque resolvi ir embora. A moça em desespero fez o pai vir atrás de mim. Viajei um bocado até sair da fazenda. Eu tinha um fusquinha que estava guardado há muito tempo num galpão. Eu havia trazido quando casei com a moça, mas depois nunca mais precisei dele, tirando-o de lá apenas na hora de ir embora.

O pai da moça veio atrás muito aborrecido. Todo muito o respeitava como se ele fosse verdadeiramente um coronel. Mas não era.

Eu havia parado em uma espécie de posto misturado com boteco já na auto-estrada, quando o velho me alcançou. Quis me falar um monte de asneiras, mas foi interrompido com um soco na boca. Ele quis revidar, mas uma faca que eu carregava apontou-se em sua garganta. Eu disse a ele que estava indo embora como havia chegado; sem nada; sem nem a filha dele; que era homem o suficiente para respeitá-lo e para trabalhar em suas coisas, como todo mundo fazia, mas ele não estava respeitando nem o amor que a própria filha sentia por mim.

Ele ouviu tudo e ficou calado. Quando me preparava para ir embora, ele me chamou de volta e pediu para ir pra casa com ele. Vendo em seu olhos o verdadeiro arrependimento, chamei-o de pai e segui-o, deixando para trás o fusquinha... depois acordei...

***

Hoje realizei um teste para transmissão ao vivo na página de Vídeos do PBURGENTE, foi um sucesso. Não pude acompanhar os Internautas On Line durante todo o tempo, mas chegaram a 5, sem nenhuma divulgação, a não ser uma chamada na primeira página do site durante uns vinte minutos.

Essas transmissões ao vivo ainda vão revolucionar o história do PBURGENTE, porque vamos transmitir Sessões da Câmara de Vereadores ao vivo e reuniões importantes. Futuramente poderemos trabalhar com reportagens ao vivo como fazem os canais de televisão.

Tudo isto é muito importante e certamente dará um grande impulso na virada da minha vida.

Andei conversando umas coisas hoje. Estou acertando uns detalhes que acredito vão dar certo. Se derem, uma guinada bruta mudará o meu curso e me dará a oportunidade de me dedicar mais aos meus anseios e projetos.

Isto tudo tem que ser registrado neste Diário para que eu nunca me esqueça dos terríveis sacrifícios e escolhas que tive que fazer em prol da minha vida; nunca poderei me esquecer das decisões que tive que tomar e que mudaram completamente o meu rumo e o sentido da vida de outras pessoas.

Dias a gente ganha; dias a gente perde. Perdi tempo demais pensando nos outros. Só quero agora pensar nos meus filhos e em mim mesmo. Preciso descansar o espírito e trabalhar para que possa viver com mais dignidade e oferecer uma qualidade de vida melhor aos meus filhos. O resto? É conversa pra boi dormir... boa noite...

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