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domingo, 18 de janeiro de 2009

Os rios e as entidades sobrenaturais

Essa noite meus sonhos foram muito estranhos. Não fiquei feliz com eles. Também não me preocupo. Apenas menciono no meu Diário.

Era tipo uma guerra. Eu estava às margens de um rio. Mas não conseguíamos avançar para dentro do território do inimigo. Depois o inimigo ficou muito hostil. Tivemos que recuar. Eu pulei dentro do rio. A água era muito pura e cristalina. Mas o fundo do rio era azulejado.

Era um rio bastante largo e não muito profundo. Os azulejos eram do tipo dez por dez e de cor azul-escuro. A correnteza era bastante forte e eu mergulhei reparando nos azulejos. Claro que tinha que reparar. Pensa num rio azulejado... os inimigos não conseguiam me atingir com os tiros.

Desci a corredeira e estava preocupado, pois a água estava bastante veloz. Depois escutei um grande barulho a frente e imaginei uma cachoeira. Nadei para a margem à minha esquerda. Mas não era uma cachoeira. Era um encontro de rios muito violentos. Quando as águas dos dois rios se encontravam, formavam uma grande onda de choque.

Era como se eu estivesse no Rio Melgaço, em Pimenta Bueno, e ele se encontrasse com o Rio Pimenta nas proporções descritas acima. A diferença era que a cidade estava do outro lado do rio Pimenta no meu sonho, e não entre os dois rios conforme é na realidade. No lugar da cidade estava o inimigo, e a batalha era travada como se fosse onde fica a ponte na saída para Cacoal.

Como as águas eram violentas e o encontro dos rios intransponível, nadei para o Pontal que no meu sonho era tomado de lama. Cansado, fiquei com o corpo dentro da água contemplando a cidade do outro lado sabendo que jamais chegaria lá. Comecei a chorar desesperado.

À minha frente, no meio daquela lama, havia uma espécie de lata velha com água dentro. A água era cristalina e o interior da lata estava tremendamente limpo. Sobre a água da lata havia uma pequena boneca sorridente, tipo as bonequinhas compradas em lojas do tipo preço-único.

A bonequinha era bonitinha, mas ela se comunicava com uma entidade sobrenatural que estava ao lado da lata. Uma entidade feminina, muito bonita, de cabelos longos. As duas olharam para mim com serenidade. Reparei por um instante a entidade e voltei o olhar para a pequena boneca. Nisto ela começou a encharcar o corpo de pano que, até então boiava sobre a água da lata completamente seco.

O corpo da boneca encharcou e afundou fazendo que sua cabeça de borracha enchesse de água. Por fim a cabeça da boneca encheu e afundou dentro da lata. Reparei o seu sorriso de boneca e a comunicação entre as duas entidades que ficaram em silêncio. Então, acordei.

***

Ontem estive com o meu pai Antônio em nosso sítio, a Estância Paraíso. Pois é, o “Paraíso” fica cerca de treze quilômetros aqui da cidade. Pega sinal de celular e tem energia elétrica. A fundiária faz divisa com o Rio Pimenta. Fomo roçar um mato. Uma das cercas que corta o sítio ao meio está muito velha e precisa de reparo. Não há gado no sítio que não chega a 10 alqueires, mas o meu pai não quer que o gado do vizinho estrague o capim que está lindo.

Depois de vários anos sem pegar uma foice, bastou alguns golpes na capoeira para que três bolhas estourassem na mão direita e uma na mão esquerda. Entretanto, apesar das dificuldades e da dor intensa, trabalhei umas quatro horas.

Almoçamos no meio do mato, meu pai contou histórias do seu tempo de adolescência, e trabalhamos ainda mais.

Conversamos sobre eu fazer uma casa no sítio para sair do aluguel. Decidimos que vamos construir a casa. Depois basta recuperar a moto para que o deslocamento do sítio para a cidade e a volta não sejam sofridos. O ônibus pega e deixa as crianças na porta de casa para que possam ir e voltar da escola.

A partir de amanha vamos tentar permutar os materiais na cidade. Estamos confiantes em conseguir os tijolos, areia, pedra e cimento com as permutas, além dos materiais para os banheiros. Estamos pensando em fazer uma casa dupla, ou seja, quatro cômodo para minha família, e um cômodo com banheiro em separado para o meu pai. Assim, ninguém invade a privacidade de ninguém, e todo mundo viverá feliz.

Vamos construir a casa próxima ao local onde estávamos roçando, porque nesta parte do sítio a terra é de ótima qualidade e poderemos fazer um grande pomar com muitas espécies de fruta da região como o cupuaçu, manga, ingá, pinha, abacate, mamão, banana, laranja, limão, etc., e também uma horta com todo o tipo de hortaliças que conseguirmos cultivar.

A casinha atual meu pai quer transformar em um galinheiro para criar frangos de corte. Ele quer comprar uma vaca leiteira e eu quero comprar uma égua para o João, porque bastou falar ao menino que iríamos morar no sítio para ele abrir um grande sorriso e começar fazer dezenas de perguntas.

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Semana passada eu queria vender assinaturas do PBURGENTE Impresso para poder dar uma guinada nos negócios e na vida, mas os testes de transmissão ao vivo pelo site, atualizações diárias e uma série de coisas não possibilitou a venda das assinaturas e, continuamos na mesma, ou seja, na pindaíba.

Esta semana quero colocar a carroça para andar de uma vez por todas. Preciso deixar de depender dos outros para viver. Tenho que caminhar com as próprias pernas e os outros é que devem depender de mim. Quero poder trabalhar direito e administrar nossos recursos para que possamos transformas os nossos projetos em realidade.

Tipo, esse projeto do sítio será o nosso maior passo como família. Eu e a Rafa estamos juntos a mais de quatro anos e anda não conseguimos construir nada. O sítio é do meu pai, e por isso mesmo é meu também. Então nada me impede de viver lá, construir uma boa casa, ter uma televisão de 50 polegadas, uma antena parabólica e Internet. Depois que terminar de pagar a moto quero dar ela de entrada em um Fiat Uno, assim poderemos sair todos juntos e trabalhar debaixo de chuva. Poderemos ir todos para a Igreja e outras coisas.

O Porto acabou de nos cobrar o aluguel. Estamos com três meses atrasados e temos que dar um jeito na situação. Nossa sorte é que o Porto é um cara legal e não nos incomoda tanto, a não ser quando toma umas biritas e fica querendo atenção,ou seja, todo dia.

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Assistindo essa reportagem na TV dos caras que estão cruzando o Oceano Pacífico em um barco a velas, penso: “Será que um dia vou conhecer esses lugares maravilhosos espalhados pelas ilhas mais bonitas do planeta?”. Caramba! Uma semana em cada uma delas bastava... nada mais... quer dizer, só o dinheiro para gastar, né?

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Opine Mundo

Rapaz, o maior desafio para o novo Presidente dos Estados Unidos, Barac Obama, talvez seja reverter a atual crise que tomou conta de todo o mundo. Por décadas a maior nação do planeta ditou as regras, mas agora está perdendo a moral.

Uma vez escutei que os Estados Unidos haviam sido escolhidos por Deus para evangelizar o mundo. Como tal foram muito abençoados e enriqueceram, mas os governantes, conforme se viu ao longo de toda sua história, se acharam no direito de usar sua potência para influenciar em particularidades de outros povos, incentivando guerras e tomando parte em discussões que não lhes cabiam opinião.

Em nome da paz mataram pessoas, milhares e milhões, e sua soberba foi inevitável. Mais inevitável, portanto, foi o “basta” do Todo Poderoso que parece, neste século, ter pesado sua Mão de Justiça sobre o povo americano.

Obama é o Presidente americano vindo das ralés. Como no Brasil quando elegeu Luis Inácio Lula da Silva para o cargo mais importante da nação. Um ex-operário metalúrgico que através dos movimentos sindicalistas chegou ao poder máximo de nossa pátria.

Quando se pronuncia o nome do mais novo Presidente americano pelo mundo, o que se vê no rosto das pessoas é um ar de esperança. Obama, se encontrar uma solução para a crise mundial, que começa a atingir o Brasil, será a maior referência da atualidade mundial, e poderá ser peça fundamental para uma grande melhoria, em todos os aspectos, no nosso país. Mas para isto, ainda falta um longo caminho a ser percorrido, se ele encontrar um solução mundial para a crise globalizada.

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