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sábado, 2 de maio de 2009

O que é ser profissional?

Antes de buscar a resposta de pergunta tão complexa, quero falar da eficiência. A eficiência nada tem a ver com o profissionalismo, porque qualquer um, com cuidado e determinação, pode ser eficiente sem ser profissional.

Conheço pessoas eficientes que promovem grandes eventos. São pessoas cuidadosas e determinadas que sempre culminam por alcançar seus objetivos sem se preocuparem muito com os meios de que se utilizam para alcançar seus fins. Poderia chamá-las de maquiavélicas, mas aí seria dar-lhes muita moral.

Talvez, o profissional, além de cuidadoso e determinado, acima de tudo tenha que ser compromissado com o seu trabalho, levando em consideração que, mesmo tendo compromisso com cuidado e determinação, essa pessoa está sujeita aos erros, afinal, trata-se de um ser humano. Mas não são os erros que estão em questão aqui para determinar a distância entre o eficiente e o profissional.

O profissional de verdade, mesmo desiludido do negócio, desmotivado e traído, leva adiante o intento combinado anteriormente, devido ao compromisso assumido. O eficiente não faz isso, ao contrário, pelo meio do caminho enfia os pés pelas mãos, chuta o pau da barraca e, se no caso for o retentor do poder e da situação, o profissional pode-se considerar na rua.

O eficiente olha o trabalho do profissional e pensa: “De onde saiu esse cara”, porque ele não entende a excelência do cuidado e determinação do profissional. O eficiente sabe que é capaz, mas não compreende porque o profissional, apesar de às vezes se dar mal, continua trilhando o seu caminho de cabeça erguida, tomando tangências estratégicas no meio do caminho, e encontrando soluções para resolver os seus próprios problemas.

O profissional resolve os seus problemas, o eficiente, apesar do seu conhecimento e experiência, não gosta de resolve-los. Ele pensa que os outros é que devem resolver os problemas para ele. Neste ponto, então, começa-se estender a grande linha da diferença entre o eficiente e o profissional.

Na lida com as nuanças e imprevistos, o profissional caminha para a perfeição, enquanto o eficiente na contemplação deste, vive a morbidez de um sono de zumbi, babando a gosma doentia de seu ego inflamado, enquanto procura no meio da escuridão as muletas das desculpas que vão justificar a sua derrota profissional. (Amém!)

O profissional não tem que ser necessariamente o formado, aquele com o canudo do curso de nível superior. Êste se acha muito eficiente, e em numa boa parcela quantitativa da maioria, é o que acaba sendo: eficientes. O profissional que o é mesmo antes da faculdade, este já é mestre.

Há grandes profissionais catando lata vazia pelas ruas, assentando tijolos em intermináveis paredes, educando crianças em casa, nas ruas e nas escolas; andando de bicicleta, de carro, moto ou avião. Os profissionais quase nunca aparecem, mas suas obras são eternizadas e se tornam empecilho nas noites de sono mal dormidas dos eficientes, que por sua vez são momentâneos, até para acertar com suas obras.

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