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domingo, 9 de agosto de 2009

Você já ouviu falar do Partido Pirata? Pois é, ele existe em alguns países europeus e está tentando se oficializar no Brasil

Depois de dois anos existindo apenas como um grupo de pessoas que se comunicavam pela internet, o Partido Pirata do Brasil se prepara para tentar a sorte no mundo da política real. Mas legalizar-se como agremiação política para poder concorrer nas eleições não é tão simples, e pode parecer estranho para um grupo que existe muito mais no mundo digital do que no mundo físico. É necessário reunir 500 mil assinaturas, escritas à caneta em folhas de papel, de pessoas de todo o Brasil, e cada Estado tem um mínimo necessário de assinaturas.

O meio mais fácil de contornar isso, acreditam os membros do grupo, é o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitar que a lista de apoiadores seja feita através de assinaturas digitais.

O que há de concreto por enquanto é que nos próximos meses os membros do partido devem pedir o registro provisório da agremiação, o que necessitará de apenas 101 assinaturas. Até o fim do ano deverá ser realizadaa primeira conferência pirata, com participantes de todo o país - as possíveis datas para essa conferência são 9 e 30 de outubro. Em janeiro de 2009, alguns participantes promoveram uma "desconferência" durante a Campus Party (encontro de entusiasta de tecnologia e internet), em São Paulo, e ao longo deste ano algumas capitais também fizeram reuniões no mundo físico.

Na Suécia, onde o Partido Pirata original surgiu, criado por Rickard Falkvinge em 2006, a proposta sempre foi entrar na política. E está dando certo: este ano, o Piratpartiet, nome do grupo em sueco, que tem como principais bandeiras o compartilhamento de arquivos e o direito à privacidade, conseguiu eleger um representante para o Parlamento Europeu. E se o Tratado de Lisboa - que aumenta o número de eurodeputados - for aprovado, o Partido Pirata sueco terá duas cadeiras no parlamento da União Europeia. O grupo também já é o terceiro maior partido político da Suécia. Há Partidos Piratas registrados oficialmente também em mais seis países - Áustria, Alemanha, Espanha, França, Polônia e República Checa - e em junho desse ano o partido da Finlândia conseguiu completar asassinaturas necessárias para pedir seu registro.

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