Ontem eu estava embalado na digitação do texto do Diário, mas aí tive que parar para uma pequena reunião com Cleiton Roque. Pelo tamanho do texto de ontem (abaixo deste), dá para imaginar a inspiração. Mas agora perdi um pouco o fio da meada de ontem. Mas escrever para mim não é problema. Etão vamos adiante.
Ontem eu falava da minha preocupação, não em servir a dois senhores como tenho certeza que assim pensam ou pensarão os que leram ou lerem o texto, mas da minha preocupação em não ser compreendido por vender o meu produto, que são os textos que escrevo, aos meus clientes por mais que eles não se entendam entre si.
Se o Manoel da padaria vende pães toda manhã, ele não quer saber se o primeiro cliente do dia é o prefeito da cidade, e se o segundo cliente do dia é adversário político do primeiro, fortemente cogitado para disputar as eleições do ano eleitoral, ou seja, o Manoel vai vender o seu produto, o pão, para os dois, e os dois lhe darão a devida paga pelo pelo produto. Então, por que eu, que vendo o pão que alimenta a informação e os projetos pessoais dos primeiros, segundos e demais clientes, não poderia fazê-lo sendo bem quisto por todos como é o Manoel da padaria? (Porque o Manoel vende pão de farinha de trigo e você vende pão de letras - imagino que responderia a esta pergunta a Professora Lúcia Helena).
O prefeito da cidade, nesta parábola de padaria, não vai ficar com raiva do padeiro porque vende pão ao seu adversário político, apesar de seu adversário político estar cada vez mais saudável e bem alimentado comendo o mesmo pão que ele, comprado na dita padaria do Manoel. Então, por que o prefeito da minha cidade haveria de ficar chateado pelo fato do seu adversário político estar bem alimentado pelas minhas matérias, ou por que o adversário político do prefeito ficaria chateado pelo mesmo motivo?
Eu sou uma espécie de padeiro das letras informativas e procuro dar o melhor de mim para que o pão da informação esteja quentinho e crocante todos os dias, a fim de agradar os meus clientes que pagam o preço que cobro pelo meu produto. É só isso. Resumindo é isto que estou dizendo desde o texto de ontem.
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Mas como isto é um diário quero falar do dia de hoje.
E como mais de 90% do que escrevo está ligado à política, aqui vai mais uma:
A coisa está feia para o lado do ex-deputado estadual pimentense Kaká Mendonça. A mídia forte de Rondônia está pegando no pé dele. E que me pese o fato de nunca ter um contrato de mídia com a Assembléia Legislativa, onde até mesmo a trafegabilidade do ex-parlamentar já não é mais a mesma, mesmo assim preciso dizer que neste momento o nome "Kaká Mendonça" é motivo de frustração, e porque não dizer, de vergonha para a política pimentense.
Apesar de ter exercido o poder por três mandatos consecutivos, Kaká Mendonça foi o tipo de deputado que fez apenas para se manter durante os 12 anos que exerceu cargo parlamentar estadual, e nada mais que isto. Mas nem este trabalho em seu próprio benefício foi bem feito, porque como se viu nas eleições de 2010, perdeu a sua cadeira nas urnas.
Entretanto uma chama foi mantida acesa depois que o ex-presidente da ALE, Valter Araújo, colocou sobre Kaká suas asas que se pensava serem de um anjo celestial, já que é membro da Igreja Assembléia de Deus tendo sido esta grande denominação evangélica a sua força de eleição em toda Rondônia em 2010. Mas, Valter Araújo, ao ser preso pela Polícia Federal deixou transparecer que o que estava sobre as costas do amigo e ex-deputado eram duas asas de um anjo decaído. Tanto que o ex-presidente da ALE, o punho de aço mantenedor de Kaká como Secretário Geral da Casa de Leis estadual, está foragido até o presente momento.
O site Rondônia Agora, que tem mais de duzentas mil visitas por dia sendo o mais acessado de Rondônia, está ridicularizando o ex-parlamentar que confessou em depoimento, segundo o site, que recebera mais de R$ 300 mil reais de restituição, mesmo sem amparo legal para isto, e que parte do dinheiro teria sido usada para implante de cabelo. Os comentários postados no rodapé da matéria são hilários, e como o site é acessado em sua grande maioria por pessoas bem informadas, as argumentações são sérias e engraçadas ao mesmo tempo.
Um comentário postado sob o nome de "Artênio de Paula", diz o seguinte: "SERÁ QUE O QUE EU LI NESSA MATÉRIA É VERDADE? SERÁ QUE ESSE MALANDRO QUE OCUPA O CARGO DE SECRETARIO GERAL DA ASSEMBLÉIA DE RONDÔNIA, PORQUE O ATUAL PRESIDENTE NÃO TEM CORAGEM DE DEMITI-LO, É O MESMO EX- DEPUTADO QUE FOI CONDENADO A 8 ANOS, 4 MESES E 16 DIAS DE PRISÃO POR ROUBAR DINHEIRO PÚBLICO NA OPERAÇÃO DOMINÓ? POR QUE A POLICIA FEDERAL NÃO O PRENDEU NA HORA DO DEPOIMENTO E O LEVOU PARA O PRESIDIO FEDERAL PARA TERMINAR DE FAZER O TRATAMENTO NO SEU CABELO? SERÁ QUE VEREMOS JUSTIÇA? ACORDA RONDÔNIA".
E olha que o nome de Kaká Mendonça está sendo cogitado para ser candidato a prefeito de Pimenta Bueno! E o pior de tudo é saber que tem gente que vota nele; e pior ainda é saber que tem nome cogitado a prefeito que aceitaria Kaká Mendonça de vice em uma composição política, ou a indicação feita por ele de seu irmão, o vereador Jean Mendonça, para o cargo.
O nome de Jean Mendonça até agora não foi envolvido em nenhuma maracutaia como aparenta gravemente ter se envolvido o irmão ex-deputado, mas todos sabem que uma indicação de Jean Mendonça a vice-prefeito feita por Kaká Mendonça seria o mesmo que lhe outorgar o poder de mandato, até porque Jean realizou seus dois primeiros anos de mandato debaixo das asas do irmão que ainda detinha a caneta da ALE, mas o que se viu à partir de 1 de janeiro de 2011, foi um Jean Mendonça do tipo "Maria vai com as outras", até porque perdeu a "proteção" das asas do irmão, que por sua vez não conseguiu se reeleger naquele ano, não tendo, portanto, cacife para assumir e realizar um mandato com assinatura própria, já que o irmão, a essas alturas, está buscando qualquer brecha que encontre para permanecer no poder, ou no mínimo, o mais perto dele possível, através do irmão vereador, através do deputado foragido da Polícia Federal, ou de qualquer um que lhe dê guarida.
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Hoje o dia não foi fácil. Dor de cabeça e início de gripe. Isto significa comprimidos e cama. Um dos secretários municipais que tinha que me pagar uma grana, não pagou, e eu estou perdendo as estribeiras. Por falta de uma documentação corriqueira que perdi há muito tempo posso perder um grande benefício; foi o dia de correr atrás de documento perdido. Mas creio que vá dar certo.
Cleiton Roque me confirmou a sua preocupação em me ver trabalhar tão próximo a situação. Ele acredita que "eles" de tudo farão para nos separar. Mas eu disse a ele que sei onde quero chegar e sei o que tenho que fazer. Ele não acreditou nisto, mas também neste momento não pode fazer nada. Eu também não. Preciso trabalhar e defender o desenvolvimento da minha padaria de letras. Não creio que isto sairá da situação. Talvez, só quando a oposição virar situação, mas aí será outra história.
Boa noite!
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