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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fazendo valer o nome de "Diário"

Um diário é um local onde alguém escreve, geralmente, coisas pessoais diariamente. Este espaço é um diário eletrônico onde, embora eu não escreva coisas diariamente, tem, pelo menos, uma tonalidade de algo pessoal.

Mas quase tudo o que tenho escrito aqui desde o ano de 2008 se refere à política, claro, defendendo em primeiro lugar o meu ponto de vista e, em segundo plano, defendendo os meus interesses e contratos que, por sua vez partem, categoricamente, do ponto de vista de terceiros.

Mas à partir de hoje eu quero mudar isto drasticamente e dar a este espaço, mesmo que não escreva nele diariamente, um aspecto ainda mais forte de pessoalidade. Será, deveras, o meu diário. Não aquele que se começa escrevendo "meu querido diário", mas um documento virtual que demonstrará à meia dúzia de curiosos que o acessam algo mais característico e verdadeiramente sobre, e de, Dado Martins.

Hoje, 5 de Janeiro de 2012, começa uma nova fase no Diário do Dado, mas que na vida do Dado Martins começou no dia 1º. Foi nesta semana (já que o ano novo começou no domingo), que me mudei de casa. Depois de um ano e meio saí da quitinete da dona Maria, no Bairro Jardim das Oliveiras (onde começou a cidade de Pimenta Bueno), para morar em uma casa que aluguei no Bairro Bela Vista (um dos mais novos no setor para onde a cidade mais tem crescido nos últimos anos).

Da quitinete da dona Maria (mãe do vereador Professor Régis), para a nova casa a diferença é muita, porque a quitinete inteira não dá o tamanho de um quarto e uma sala da nova moradia; e esta tem sete peças mais uma varanda em "L" muito grande. Uma belezura. Isto tudo porque estou noivo de Girlane Moulaz e me caso no próximo dia 25 de fevereiro.

Mas sobre todas estas coisas falarei em outro momento. Escrevi estas coisas inicialmente para que se possa entender um pouco melhor o que tenho a dizer daqui para adiante.

***

Hoje comecei a trabalhar na condição de portariado da Prefeitura de Pimenta Bueno. Espero que seja um novo tempo de novas experiências para a minha vida. Vou exercer a função de escrevedor de matérias informativas a respeito da administração que faz o prefeito Augusto Tunes Plaça, isto porque não posso dizer simplesmente que sou Jornalista, por não ter o canudo outorgando-me esta distinta função trabalhista.

Apesar de simples, o fato implica em muitas coisas para mim. Em primeiro lugar porque há mais de um ano tenho uma parceria de trabalho e compromisso político-partidário com o oposicionista mais ferrenho do prefeito Augusto Plaça (PMDB), o vereador Cleiton Roque (PSB). E aqui começam as complicações, e que o Espírito Santo de Deus me ajude a caminhar com passos firmes em meio a este terreno minado e perigoso que existe entre estes dois importantes homens da política local.

Então, como bom brasileiro vou me justificar: O prórpio prefeito Augusto Plaça é testemunha de que por anos fiquei mendigando à sua porta em busca de uma oportunidade, assim como fiz à porta de várias autoridades políticas e empresários pimentenses. Depois de cinco anos o primeiro a me estender a mão foi o vereador Cleiton Roque na Campanha de 2010, quando disputou o cargo de vice-governador ao lado do saudoso ex-deputado federal Eduardo Valverde (PT).

Verdade é que a grande coisa que Cleiton fez foi dizer para mim, antes de ir, que ele precisava de uma assessoria para se projetar em Pimenta Bueno por ocasião daquela eleição. Ele fez isto porque, acredito, em primeiro lugar sabia que eu tinha potencial para atender suas necessidades, e em segundo lugar, porque deve ter olhado à sua volta sem ver ninguém que pudesse fazê-lo, sendo esta segunda alternativa, talvez, o maior motivo para ter me convidado. O resto foi o meu trabalho.

Mas Cleiton Roque foi um grande amigo naquela trajetória suada de mais de 70 dias, e ao final deste período passou a acreditar, certamente, que eu realmente tinha jeito para fazer as coisas e muita vontade de trabalhar, e que quase tudo que lhe tinham vomitado aos ouvidos até então a meu respeito, principalmente através de meus adversários profissionais, era mentira, fator que deve tê-lo feito acreditar que eu merecia uma chance de verdade em Pimenta Bueno depois da campanha eleitoral vencida por outro candidato, o atual governador.

A equipe de jornalistas de Eduardo Valverde gostou do meu trabalho e me chamou para trabalhar entre eles. Eu lhes disse que falassem com Cleiton, e que se este desse o seu aval podiam contar com os meus modestos préstimos. A conversa aconteceu em frente a casa da mãe de Cleiton Roque em Pimenta Bueno, ao final da primeira semana de campanha eleitoral.

Tínhamos saído da cidade de Porto Velho, capital, onde no dia 02 de julho de 2010 o Partido dos Trabalhadores - PT, dera a grande largada para o período eleitoral daquele ano. E de Porto Velho fomos até o interior da Região Sul do Estado, há quase mil quilômetros de distância. A dita conversa onde os jornalistas de Eduardo Valverde me pediram para Cleiton Roque foi uma semana depois do início desta grande largada.

Cleiton disse a eles que era motivo de orgulho servir de ponte para que um jornalista do interior atendesse aos interesses de uma campanha eleitoral com tamanha envergadura. E assim foi que passei a integrar a equipe oficial de Eduardo Valverde, escrevendo mais de 90% das matérias que sobre ele foram publicadas em todos os veículos de comunicação do Estado de Rondônia na campanha eleitoral de 2010. Certo é que as matérias saíam de meu notebook para os computadores da capital, onde um corpo de jornalistas filtrava tudo e distribuía para a mídia estadual. Mas eu e mais meia dúzia sabemos que mais de 90% do que escrevi, foi publicado integralmente

Depois desta grandiosa janela que Cleiton Roque me ajudou abrir, ficou fácil notarem meu trabalho em Pimenta Bueno. Este feito resultou em um ano de 2011 com muito trabalho entre rádio, assessorias de comunicação para empresas e assessorias em geral. Um trabalhador comum neste mesmo período deve ter recebido em torno de R$ 7.200,00. Não fiz até agora todas as minhas contas, mas creio ter findado o ano tendo recebido não menos que R$ 30.000,00 pelos serviços que prestei escrevendo as minhas matérias.

Até maio de 2011 a minha vida pessoal estava virada de cabeça para baixo, e todo o dinheiro que eu ganhava não dava para nada. Depois de maio comecei a pagar um turbilhão de contas que foi amenizado até o último dia do ano, e agora, cinco dias depois de ter iniciado o ano novo, vivo a expectativa de chegar ao final deste sem dever nada para ninguém, graças a Jesus Cristo em minha vida.

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Foi trabalhando tanto assim desde a campanha de 2010 que o meu texto foi sendo apurado. Vale destacar que minha ex-professora de Português, Lúcia Helena, que trabalha na Prefeitura, me parou no corredor outro dia e disse o quanto se orgulhava de acessar a Internet e ler os meus textos. Foi ela que disse; eu não perguntei nada. Ela falou do amadurecimento das minhas palavras. Esta é a mesma professora que no ano de 1998, no pátio da Escola Marechal Cordeiro de Farias disse que eu tinha a "facilidade de brincar com as palavras", e disto nunca mais me esqueci.

Foi com este texto que matérias importantes foram escritas no decorrer de 2011; matérias que chamaram a atenção das autoridades, dos políticos e dos empresários; matérias que eu continuo escrevendo com o máximo de cuidado, porque algumas matérias entortam o nariz de alguns, e outras matérias entortam o nariz do resto. É muito difícil ser um escrevedor de matérias informativas, porque sempre tem um que gosta e uma centena que não gosta; isto em Pimenta Bueno que é uma cidade pequena no interior do Estado de Rondônia com pouco mais de 30 mil habitantes.

Tudo isto fez com que alguém da Prefeitura olhasse e me visse depois de sete anos inteiros que Augusto Plaça foi prefeito sem jamais dar a mínima importância para o que eu escrevia ou deixava de escrever. Ele nunca teve ao seu lado um escrevedor de matérias informativas que conseguisse dar notoriedade às ações da administração municipal onde é o mandatário maior, e por isto, penso, me chamaram para trabalhar em seu gabinete através de uma portaria que, muito provavelmente ainda vai dar pano para a manga (e todo o resto).

Para mim é fácil escrever este e qualquer outro tipo de matéria; só acho que não será fácil agradar a gregos e troianos. Mas eu vou tentar. Em primeiro lugar porque creio na existência de um Ser Superior que está ao meu lado dando todo o seu apoio, atenção, instrução, cuidado e sabedoria, para que eu caminhe a passos firmes sobre terreno tão tenebroso. Por isto vou confiante. Do Espírito Santo de Deus espero que venham as minhas grandes inspirações para que as matérias atendam as reais necessidades de todos quantos compram o meu trabalho; e em segundo lugar porque preciso; vou me casar, tenho que comprar móveis, tenho que pagar a festa, até porque os padrinhos são modestos e não dão conta de tudo.

Mas eis aí um dos "X" da questão: "comprar o meu trabalho". Tem gente que faz de conta que não sabe que há uma grande distância em se comprar o trabalho de alguém e comprar o pensamento de alguém. Certo é que o meu trabalho está dentro do meu pensamento, mas a essência do que penso só eu sei, porque para mim é fácil escrever um texto dizendo que a cor melhor é a verde para atender a demanda que me impõe os ossos do ofício, mas pensar que a amarela é melhor, ou vice-versa.

Portanto, meu trabalho vendo para quem tenha interesse em comprar, porque quem compra o meu trabalho, que é escrever informações a respeito do produto ou da pessoa que está adquirindo o meu serviço, que inclusive tem seus impostos contabilizados através da emissão da Nota Fiscal da minha empresa e da contabilidade do Escritório União, tem em mim a expectativa de que uma necessidade nesta área seja atendida, e este é o meu dever como contratado para fazê-lo, independentemente de quem seja o meu empregador, se o da situação, se o da oposição.

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Não é questão de trabalhar para quem dá mais. Para um leitor sério acho que nem preciso explicar isto. Mas me preocupo. Minha vida privada é pública, então algumas justificativas nunca são demais. Acho que é mais uma questão de sobrevivência.

O Cleiton fez muito por mim em 2011, assim como o atendi em praticamente tudo o que me pediu para que fosse feito, pelo menos em termos de matérias escritas, fotos e vídeos. São centenas de matérias, são milhares de fotos e dezenas de vídeos. Um vasto material facilmente comprovado em meu site. Mas o que o vereador fez, por mais que se esforçasse, nem sempre atendeu as minhas necessidades ou correspondeu as minhas expectativas. Tentou muito, mas tem compromissos com centenas de pessoas, enquanto eu tenho com duas ou três. É muita diferença.

O compromisso que tenho com o Cleiton não envolve remuneração financeira mensal pela paga do meu trabalho. Portanto tenho que ter outros compromissos, e isto é que está começando a ficar complicado, porque as pessoas que estão contratando os meus serviços ultimamente não se bicam muito com Cleiton Roque e vice-versa, como o Prefeito através da Prefeitura e o empresário Chico da Santa Maria, nome cogitado a disputar as eleições deste ano contra Cleiton Roque. Entendeu?