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sábado, 18 de julho de 2009

Queimadas zero: quem serão os prejudicados e quem serão os inseridos nos “casos excepcionais”?

Foi decidido pelo Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Estado de Rondônia que nenhum órgão emitirá licença de queima em 2009, a não ser em casos excepcionais. O comitê é presidido pela Defesa Civil do Estado de Rondônia e tem como um dos seus membros o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais – Ibama/RO. Conta também com a participação de mais 27 instituições ligadas ao meio ambiente.

Bem, esse povo deve sabe o que está fazendo. E se esse povo sabe, realmente o que está fazendo, proibindo qualquer um de acender uma fogueirinha no meio do mato, então quer dizer que os governos federais do passado não sabiam o que estavam fazendo quando autorizaram e incentivaram o povo brasileiro a vir para o meio da floresta, fazer derrubadas e queimadas à vontade.

A região amazônica foi habitada, conforme era a vontade dos governos anteriores, e muito certamente está mais do que na hora de se encontrar um meio de parar o avanço do desmatamento e as queimadas desenfreadas que consomem os recursos naturais da floresta. Contudo, não em detrimento das vidas das famílias menos abastadas que residem, ainda, no meio do mato.

São uns poucos madeireiros, políticos e funcionários públicos, justamente que atuam nos órgãos ligados ao meio ambiente, que em favor do enriquecimento ilícito fomentam o desmatamento e, conseqüentemente, as queimadas. Se esse povinho aí for perseguido, condenado e preso, mais de noventa por cento dos problemas de meio ambiente na Amazônia estarão resolvidos, sem deixar de dar a mesma atenção para alguns muitos índios tanto mais corruptos e bandidos quanto os ditos brancos.

Mas há de se saber também, se não é justamente essa turma que está dentro, justamente, dos “casos excepcionais” mencionado acima. Geralmente uma grande brecha, quase uma porta aberta, é deixada para os que tem poder e dinheiro no bolso para fomentar o enriquecimento ilícito do pessoal também mencionado acima.

A lei tem que ser executada sim, mas em cima do lombo de quem realmente tem culpa no cartório, e não em cima daquele lavrador que, com a família trabalha a terra no cabo da enxada para, a duras penas, colocar o pão de cada dia sobre a sua mesa. Esse tem que roçar a coivara, deixá-la secar e depois atear fogo. Se lhe for tirado este direito que na verdade é o seu principal recurso para limpar o terreno no meio da roça, sua qualidade de vida estará seriamente comprometida, até porque este mesmo lavrador precisará de uma licença para queimar, já que se um fiscal ver a fumaça levantando de sua roça pelas nuvens, o matuto vai levar mais tempo tentando explicar que se tratava de uma coivara sem valor comercial, do que o fiscal redigindo-lhe a pesada multa.

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