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domingo, 12 de julho de 2009

Rubens Barrichello: O eterno funcionário do chefe

Foto: Globo Esporte


Arnaldo B. T. Martins

Quando criança meu charme era assistir corrida de Fórmula 1 ao lado do meu pai, Antônio Luiz. Houve momentos em que ele chegou a me acordar, de manhã, para assistir Airton Senna vencer. Era emocionante. Vibrávamos bastante e gostávamos de assistir a TV. Também tive a oportunidade de ver Nelson Piquet vencer, embora não me lembre bem do que assisti.

Mas de uns tempos para cá passei a não ter mais entusiasmo pelas corridas de F1, principalmente depois de passar uma temporada inteira vendo um piloto brasileiro fazendo o seu papel de segundo piloto, para que o grande nome de Michael Schumacher se consagrasse ao ponto mais alto do automobilismo mundial, devendo levar algumas décadas daqui para frente para ser batido.

Rubens Barrichello fez a parte que lhe interessava nesta época e defendeu o seu salário. Houve corrida em que na última volta freou o carro para que o alemão passasse em primeiro lugar e ele em segundo. Afinal, temos que reconhecer que este era o seu emprego que deveria ser defendido a este custo, mesmo em contradição do povo da sua pátria que queria vê-lo vencer.

Depois que Barrichello saiu da Ferrari passando a pilotar um carro da Brawn GP, este ano as esperanças se renovaram, mas neste domingo (12), percebemos que o velho e bom Rubinho não tem mesmo moral nem mesmo com a atual equipe para sagrar-se campeão de uma prova. Depois de liderar 32 voltas de 60 no GP da Alemanha, a equipe errou no seu abastecimento, perdeu tempo atrás de Felipe Massa e, na última parada seu companheiro de equipe, Jenson Button, líder da temporada, foi priorizado.

A corrida deste domingo foi a primeira que assisti do começo ao fim neste ano de 2009. Por um momento pensei que veria Barrichello no ponto mais alto do pódio, tendo ao seu lado o também brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, que, aliás fez uma grande corrida saindo da oitava posição e defendendo a terceira colocação, subindo ao pódio pela primeira vez nesta temporada apesar de também ter sido prejudicado pela equipe numa troca de pneus. O “Rubinho Pé de Chinelo”, como ficou nacionalmente conhecido, terminou apenas em sexto lugar.

Pouco para um grande piloto, como é; muito para um funcionário de uma empresa que obedece as ordens do chefe.

O grande astro desta etapa foi Mark Webber (Foto), da RBR, que depois de correr 132 grandes prêmios venceu pela primeira vez na carreira, emocionando o mundo com seus gritos e choros ainda dentro do carro depois de receber a bandeirada na linha de chegada. E olha que ainda foi punido pela direção da prova com uma passagem pelo pit stop por ter dado um “chega pra lá”, um “totózinho”, em Rubens Barrichello na largada. Como se não bastasse, a escuderia também fez uma dobradinha com o alemão Sebastian Vettel cruzando em segundo lugar.

Equipe de Barichello erra no abastecimento


Webber vibra e chora dentro do carro

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