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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Juventude pimentense de luto

Sol na Cavalgada da Expoeste 2010

Texto e Fotos: Arnaldo B. T. Martins - Boa parte da juventude de Pimenta Bueno está de luto nesta terça-feira nublada em Pimenta Bueno. Faleceu, vítima de uma tragédia, uma das jovens mais extrovertidas que poderiam existir na cidade: Sol. O apelido grandemente difundido no universo das cavalgadas, aberturas de Festa de Peão e Rodeios, ficou mais do que conhecido entre os amantes deste tipo de esporte: como indica seu significado, ficou irradiante.

Não tinha como encontrar Sol pelas ruas de Pimenta Bueno, a qualquer hora do dia ou da noite, e vê-la triste. Não conheço ninguém que possa afirmar o contrário de sua alegria de viver, de andar a cavalo (sua maior paixão), de integrar comitivas que passavam dias e noites pelas estradas do interior da região, caminhando de cidade em cidade, praticando a harmonia entre os companheiros, fazendo novas amizades e, acima de tudo, conforme ela me disse um dia, estar em contato com a natureza e com as raízes da cultura que um dia foi o início do desenvolvimento da pecuária no Brasil, as tropas.

Falar em Sol é falar em uma jovem baixinha, sorridente o tempo todo, de cabelo longo e volumoso, de chapéu na cabeça, de botas nos pés, de calça jeans, camisa de botão manga comprida, e claro, um belo cinturão com uma fivela reluzente. Assim era Sol em sua essência.

Descrevendo-a assim parece que morava numa fazenda. Que nada. Moça direita da cidade. Gostava de baladas e era presença garantida na maior parte das festas realizadas na cidade e na região.

Sol está deixando uma legião de admirados que já estão sentindo saudades. Seu corpo está sendo velado no saguão da Câmara de Vereadores de Pimenta Bueno. Era conhecida das principais autoridades pimentenses. Trabalhava como secretária da Defensoria Pública, onde também deixa muitas saudades.

Era entrosada com todos os tipos de gente, desde os mais humildes que conhecia pelas cavalgadas afora, aos doutores das leis como advogados, promotores e juízes. Participava de ações sociais que arrecadavam alimentos para distribuir às pessoas menos favorecidas da sociedade.

Morreu fazendo o que mais gostava de fazer: subiu num touro e caiu. Foi pisoteada e não resistiu aos ferimentos que sofreu. Não se trata de ser uma morte “linda” ou “horrível”. Trata-se da morte de uma jovem honrada, como poucas de sua idade, que muitas vezes têm chance de ser alguém na vida, mas preferem se acovardar atrás da apatia, da preguiça e de todos os tipos de doenças modernas que se possam imaginar.

Esta não era Sol. Sol brilhava; Sol ardia; Sol irradiava; mas deu lugar à saudade; deu lugar ao vazio e deixou em nossas mentes as mais confortantes lembranças: as lembranças de uma pessoa ótima; as lembranças de uma pessoa que por todos os motivos do mundo... merecia viver...

Entrevista com a Sol



Um comentário:

lisa disse...

saudades demais minha irma,,uma dor eterna,,,as lembranças doem na alma,,sua ausencia entristeceu minha vida q desde entao se tornou sem luz,,,saudades minha pequena irma,,sol