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segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

A Bênção está lá no Rio Jordão – É preciso caminhar junto e ser esperto

(Imagem meramente ilustrativa encontrada na Internet) Eliseu era um cara esperto. Quando teve a oportunidade que muitos homens queriam, não perdeu tempo. Elias o encontrou no campo trabalhando com seus bois. Jogou por cima dele sua capa. Eliseu entendeu rapidamente o “chamado” que recebera. Atendeu prontamente a este chamado sem pestanejar. Apenas pediu a Elias se, antes de partir, poderia despedir-se de sua parentela, o que lhe foi concedido. Eliseu, então, sacrificou os bois com os quais trabalhava por entender, rapidamente, que dali para frente não precisaria mais deles, pois, uma vez a serviço de Deus, atendendo a um chamado Seus, não precisaria mais se preocupar com suas próprias necessidades. Mas Eliseu tinha um propósito: queria ser alguém na vida com as Bênçãos de Deus. Para tanto traçou uma caminhada ao lado de Elias e nos deu um grande exemplo a ser imitado em todos os detalhes.

“Sucedeu que, quando o Senhor estava para elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu de Gilgal com Eliseu” (II Reis 2:1). Gilgal, na Bíblia, significa “Local de Ato Profético” - E as doze pedras, que tinham tomado do Jordão, levantou-as Josué em Gilgal. (Josué 4:20). Josué levantou um altar ao Senhor com doze pedras sob um ato profético. Eliseu entendeu que para “começar, iniciar” uma caminhada sem um “ato profético, sem crença, sem crer”, é melhor nem começar a andar. Ele nos deu o exemplo de que precisamos ter Fé para caminhar, Fé de que chegaremos aos nossos objetivos, Fé de que as dificuldades do caminhos serão superadas.

Mas Deus tinha um “teste” para Eliseu através de Elias: “E disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me enviou a Betel. Porém Eliseu disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Betel” (II Reis 2:2). Elias disse a Eliseu que ficasse. Mas Eliseu se recusou a ficar dando o exemplo de que é necessário caminhar junto até o fim da jornada. Ele nos deu um exemplo de fidelidade. Se não tivermos fidelidade com o Senhor, e não andarmos junto com o Espírito Santo de Deus, no Caminho que Ele nos levar, não chegaremos a lugar algum.

Logo, depois de iniciar sua “jornada” em Gilgal com um “Ato Profético” e entender que tinha de “caminhar junto” até o final, Eliseu teria agora que passar por Betel. Na Bíblia Sagrada, Betel significa “Lugar de Visão – Morada de Deus” (Gênesis 28:11-19). Sem visão, sem estar na morada de Deus o homem está fadado a ficar pelo caminho. Eliseu era um homem de visão. Sabia bem o que queria e tinha seu “foco” vivo em sua mente. Estava, por assim dizer, concentrado em sua missão.

Mas ao chegar em Betel “os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Também eu bem o sei; calai-vos” (II Reis 2:3). Naquele lugar de “visão” Eliseu nos deu outro exemplo formidável, pois só sabe de seu “líder” quem anda junto com ele. O que um fiel poderá falar de sua liderança (Pastor, Bispo, etc), se não estiver caminhando ao seu lado em todo o caminho? Quando os “aprendizes de profeta” perguntaram “Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça?”, Eliseu foi enfático ao responder: “Também eu bem o sei; calai-vos”. E quando estamos juntos na caminhada não ficamos “esticando conversa” a respeito de nossas lideranças. Por isso ele disse “calai-vos”. Não queria conversa. Tinha Fé em Deus e acreditava em seu líder.

Mais uma vez Eliseu foi instigado por Elias a ficar no meio do caminho: “E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o SENHOR me enviou a Jericó. Porém ele disse: Vive o SENHOR, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim foram a Jericó” (II Reis 2:4). E mais uma vez Eliseu preferiu ir junto, até o final.

Jericó, na Bíblia, é “o lugar onde caem as muralhas” (Josué 6). Eliseu tinha que passar por ali, afinal, a Bênção, como veremos, estava no Rio Jordão, que é o ponto final desta parte da História. Se não derrubarmos as muralhas que nos cercam, estaremos nos impedindo a nós mesmos de alcançarmos as Bênçãos do Senhor. Essas muralhas podem ser as nossas reclamações a respeito de tudo, nossa preguiça em servir, louvar e aprender sobre o Nome de Jesus. Essas muralhas podem ser nossos costumes e manias, nossas palavras impensadas; atos que nos negamos a abandonar; ações que não deixamos de praticar. Precisamos derrubar as muralhas como aconteceu em Jericó. Precisamos estar em Jericó para derrubarmos as muralhas de nossa vida e do nosso dia a dia, pois estas, se estiverem altas e fortes, poderão nos aprisionar ao Inferno. Mas o Poder do Nome de Jesus Cristo é suficiente para derruba-las em nosso favor.

Para tanto, precisamos, inicialmente, de um ato profético; precisamos de Fé para iniciarmos a jornada. Depois precisamos estar atentos aos testes impostos por Deus. Precisamos estar vigilantes e espertos, receptivos ao Espírito Santo do Senhor. Depois precisamos de visão da parte do Senhor. Precisamos conhecer mais de perto o coração de Deus e as suas vontades. Precisamos olhar adiante e ver a Luz no fim do túnel. Precisamos abrir os olhos para a vida espiritual e deixarmos nos levar pela Luz, que é Jesus Cristo.

Precisamos também conhecer nossas lideranças. Isto só poderemos faze-lo caminhando ao lado delas. Depois precisamos derrubar as muralhas que nos rodeiam e que impedem as Bênçãos de Deus de nos alcançar. Jesus é o Braço Forte que derruba as muralhas levantadas pelo diabo em nossa vida. Somente depois estaremos às margens do grande Rio Jordão, onde a Bênção acontece em porção dobrada.

Chegando ao Jordão em companhia de mais cinqüenta discípulos, Elias perguntou a Eliseu o que este queria que lhe fosse concedido. Eliseu pediu a porção dobrada do espírito de Elias (II Reis 2:7-9). Mas Deus tinha um último teste para Eliseu escondido nas simples palavras de Elias: “E disse: Coisa difícil pediste; se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará” (II Reis 2:10). Eliseu pediu porção dobrada, mas agora teria de ter atenção dobrada para não perder a Bênção. Eliseu teria que ficar atento. E quando a Bênção chegou (E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho – II Reis 2:11), Eliseu começou a gritar: “Meu pai, meu pai, carros de Israel, e seus cavaleiros!” (II Reis 2:12), como quem dissesse: “Eu vi... eu vi e agora quero a minha Bênção”.

Haviam mais cinqüenta discípulos, mas apenas Eliseu gritou “eu vi”. Ele esteve vigilante. Ficou atento ao seu líder e aos estatutos de Deus para a sua vida. Foi esperto e não vacilou. Tomou posse imediata do que era seu: “Também levantou a capa de Elias, que dele caíra; e, voltando-se, parou à margem do Jordão” (II Reis 2:13).

Este trajeto de Eliseu ao lado do Profeta Elias tem que ser imitado por todos os Evangélicos; por todos os cristãos. É um testemunho de fidelidade, de Fé, de confiança, de crença, de objetivos, de força e poder. Grande parte dos evangélicos estão derrotados porque não seguem o exemplo de Eliseu. O diabo tem galgado vitórias porque um grande número de “crentes” não crê na determinação de Eliseu, ficam pelo meio do caminho e não alcançam a Bênção às margens do Jordão.

Depois, em posse da capa de Elias, Eliseu começou a fazer milagres imediatamente. Tocou as águas do rio e elas se abriram (II Reis 2:14). Este é um grande exemplo para os que alcançam a Bênção e depois “dormem” na vida espiritual. É preciso agir sempre, do começo ao fim. E depois é preciso prosseguir agindo como um grande Profeta do Senhor que tem a Porção Dobrada de Sua Unção sobre a vida. É preciso ser “esperto” para alcançar o Jordão e transpô-lo.

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