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sábado, 19 de janeiro de 2008

Minha produção textual diária não é baseada no “Ctrl C + Ctrl V”


(Imagem meramente ilustrativa encontrada na Internet) Não posso dizer de mim mesmo que sou um Escritor compulsivo, porque estaria dizendo ao meu leitor que sou um doente publicando textos compulsivamente e, por conseqüência, transmitindo minha “doença” aos que me cercam, mesmo que virtualmente. Não. Não sou um Escritor compulsivo. Mas o que não posso (e não me atrevo a), negar, é que escrevo muito. Todos os dias escrevo. Não seria demasiado ou pretensioso dizer que, se não sou a pessoa que mais escreve em Pimenta Bueno, estou entre as que mais escrevem diariamente.

Uma carreta de gente nesta cidade escreve uma pá de textos todos os dias. Eu não os conheço e não os vejo. Contudo, imagino que sejam advogados, promotores e juízes dentro de suas câmaras, atarefados com seus processos, produzindo textos processuais enfadonhos e repetitivos. Por mais caracteres que esses extraordinários profissionais da Justiça digitem em seus computadores, acredito que estaria equiparado a eles na quantida digitada. Mas se considerarmos que a sua produção é “de linha”, então eu os venço diariamente em milhares de caracteres.

Minha produção textual diária não é baseada no “Ctrl C + Ctrl V”. Eu crio o que escrevo. Sai de dentro da minha cabeça. Eu penso para escrever. Eu penso no que escrevo. E produzo. E essa produção parece não se esgotar nunca. Sou uma máquina jorrando caracteres, letras, palavras, pensamentos em frases exatas em textos extensos. Sou um devorador de créditos de Lan Houses. Eles (os créditos), não me suportam por muito tempo. Os meninos que gostam de jogar jogos virtuais on line gastam R$ 5 reais para se divertir. Eu gasto R$ 10, R$ 20 reais, e às vezes ainda mais, todos os dias nessa minha diversão na Lan House. Mas eu pouco tempo perco com os jogos, e passo 99% do meu tempo gastando os meus créditos digitando palavras.

Se eu tivesse um computador em casa, conectado à Internet, este blog ficaria pequeno para a publicação diária dos meus textos. Quando não estou escrevendo matérias para o pburgente.com.br, ou para outro site qualquer, ou para algum jornal impresso, estou escrevendo Poemas; e quando não estou escrevendo Poemas estou escrevendo meus Pensamentos; e quando não os escrevo, posso estar escrevendo algum Artigo Crítico ou Analítico; ou ainda posso estar envolvido com um Texto Evangélico enquanto como e degusto cada versículo da Bíblia Sagrada.

Segunda-feira (21), eu vou visitar o patrocinador e pedir para que ele me proporcione um bom computador. Ele tem dinheiro para tanto. Eu não tenho. Mas o patrocinador, se estiver em um dia feliz, poderá me proporcionar um computador com Internet, dentro da minha casa, de onde poderei atualizar com mais precisão o meu blog de Informações e o meu blog de Pensamentos. Produzirei muito mais textos e estarei mais feliz, não porque terei um computador novo, mas porque terei, ao invés de uma enxada, um trator com uma carpideira para limpar as minhas ruas de café.

Oh sim! Quando morrer bem velhinho, muito provavelmente perto dos cento e cinqüenta anos de idade, serei o maior Escritor que Pimenta Bueno já conheceu pessoalmente. É. Depois que eu morrer vão colocar meu nome em uma escola e serei referencial entre os alunos. Já escrevi uma Literatura de Cordel sobre este fato. Uma avenida será conhecida pelo meu nome, uma rua, uma alameda e uma praça. Será demais. Pena eu não estar mais aqui para cortar a fita de inauguração. Entretanto, morrerei feliz na certeza de que todos estes acontecimentos já estão escritos, e tal como um documento firmado no sobrenatural, serão cumpridos à risca.

Ninguém tem a obrigação de ler coisa alguma do que escrevo. Mas eu escrevo mesmo assim, porque os que lerem serão testemunhas das verdades contidas em minhas palavras. Benê Barbosa um dia, em 2004, me dirigiu uma crítica que jamais consegui digerir. Depois de eu lhe dizer que havia escrito trinta Poemas em um mesmo dia, sentado na mesma cadeira, sem levantar, diante do mesmo caderno, ele disse que a produção de textos em massa, compulsivamente, derruba a qualidade da escritura, ou seja, texto demais, qualidade "demenos".

Mas eu não me importei com isto e passei a escrever ainda mais. Um livro inteiro no mesmo dia. Você acha muito? Não escrevo o dobro disto aqui por falta de condições; por falta de um computador; por falta de estrutura. Também, talvez nem seria preciso produzir tantas palavras de uma vez, afinal, quem leria toda essa “avalanche”?

Não importa. O que importa é o que já foi sacramentado. E está escrito.

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