PUBLICIDADE

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Ex-candidatos não conseguem pagar as contas: culpam a greve dos bancários


Foto: Rafaela Del Negri

Em Pimenta Bueno, na agência do Banco do Brasil, apenas os caixas-eletrônicos estão funcionando (mas nem todos, como sempre)

O Tribunal de Justiça (TJ) de Rondônia anulou pelo menos uma das medidas liminares garantidas pelos bancos contra o Sindicato dos Bancários (SEEB). Em Agravo de Instrumento contra decisão do juízo da 3ª Vara Cível da Capital - em que o ITAÚ conseguiu decisão para funcionar nos dias de greve - o desembargador Miguel Mônico Neto acatou os argumentos alegados pelos sindicalistas e cassou a decisão de primeiro grau. Mônico Neto baseou-se ainda em recentes pronunciamentos do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinam a Justiça do Trabalho, a competência para julgamento de ações de interdito proibitório. “...Verifica-se que a Justiça Comum Estadual é absolutamente incompetente para análise da questão posta em apreciação na ação principal, porquanto atinente à matéria que envolve exercício do direito de greve.”. Ele determinou o encaminhamento do processo para o Tribunal competente.

Em Pimenta Bueno a paralisação dos bancários prejudica vários tipos de movimentações financeiras. Segundo informações de pessoas ligadas às principais finanças movimentadas na cidade, alguns ex-candidatos, eleitos, reeleitos ou derrotados nas urnas pimentenses, estão correndo de um lado para outro na desesperada tentativa de trocar cheques para saudar dívidas de campanha. As informações de um Advogado da cidade dão conta de que várias ações trabalhistas estão sendo movidas contra ex-candidatos e coligações, em favor de trabalhadores que atuaram durante o período de campanha eleitoral.

“Tem candidato que já entrou na campanha devendo; durante a campanha contraiu mais dívidas; está devendo na praça, e a paralisação dos bancários está dificultando ainda mais toda essa situação”, disse o Advogado destacando que, não são apenas os ex-candidatos que estão enfrentando problemas, mas sim todo mundo que trabalha com movimentações financeiras, principalmente os comerciantes. As principais reivindicações dos bancários são: 5% de aumento real; valorização dos pisos salariais; aumento do valor e simplificação da distribuição da PLR (Participação nos Lucros e Resultados); vale-refeição de R$ 17,50; cesta-alimentação equivalente a um salário mínimo (R$ 415,00) e fim das metas abusivas e do assédio moral; mais segurança nas agências e mais contratações.

Nenhum comentário: