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quinta-feira, 4 de março de 2010

O problema é que a culpa é do diabo

Todo mundo diz que a culpa é do diabo. Vai ver é mesmo, esse infeliz que os povos do mundo inteiro denomina, cada um à sua maneira. Para mim é o diabo. Esse ser infeliz que, por ser o mais infeliz de todos os seres, quer trazer infelicidade à nossa vida. E consegue, porque entre o céu e a terra não há criatura mais infeliz e miserável do que o diabo.

Meu deputado não é infeliz; meu pré-candidato a deputado não é infeliz; meu prefeito não é infeliz; meus vereadores não são infelizes; meu senador não é infeliz; meu pré-candidato a governador não é infeliz; os empresários da minha cidade que não acreditam na mídia virtual da Internet, não são infelizes; essa raça de gente à mercê da desocupação não é infeliz, porque infeliz é o infeliz do diabo, esse Satanás dos infernos que tem alegria em deixar todo mundo infeliz da vida.

Nem os professores da minha escola parecem ter sido mais felizes um dia na vida, carregando aquele monte de papel velho cheio de micróbios, vermes e pequenas bactérias invisíveis, que o governo estadual insiste em chamar de livros. O diabo, esse infeliz do inferno, foi que tornou aquele monte de bosta de papel, na coisa mais infeliz do universo, porque felizes são as centenas de estudantes que foram, e são, e serão obrigados a folhear aquele monte de infelicidade na catação de algum conhecimento, por mais desatualizado que seja.

Os governantes e autoridades do poder não são infelizes, porque infeliz é o cramunhão que seduz a grande maioria a deixar esses estudantes ao mais completo esquecimento, fazendo-os respirar o ar poluído que sai do meio das páginas daqueles livros velhos quando a gente folheia perto do nariz. Dá pra sentir o cheiro da infelicidade do diabo misturado com o cheiro do enxofre do inferno. É, verdadeiramente, uma visão dentro de uma situação sobrenatural, se é que os caríssimos leitores podem me compreender.

Eu não sou um infeliz, porque infeliz é o cão que induz alguns miseráveis a viverem de jogar areia nas coisas alheias, emperrando projetos, trabalhos, relações profissionais e, consequentemente, o dinheiro.

Mas no dia em que o diabo, esse infeliz mequetrefe, sair em busca do par de sapatinhos que a Cinderela perdeu depois que se casou com o príncipe, ele vai ver que os dois não foram felizes para sempre; que quem encontrou os sapatinhos perdidos foram os Smurfs liderados pelo experiente Papai Smurf, em um buraco de rato onde o Pink e o Cérebro se escondiam com os sapatinhos "tentando dominar o mundo", assim como o infeliz do diabo, e vai rolar no chão de tanto rir ao ver a cara de desapontamento do Cérebro.

Quem sabe, neste momento, ele deixe de ser a mais infeliz das criaturas, e a gente volte a ter um pouco de esperanças como foi um dia no Paraíso...

Um comentário:

Glademir Stocco disse...

Esse ser infeliz atormenta todo mundo ele quer ver sempre a nossa desgraça, mais as vezes nós estamos acostumado a colocar a culpa toda no "incardido,capiroto,infeliz"...
nós temos que fazer a nossa parte, somos sabedores que "ele vive em derredor rugindo igual um leão para nos devorar" 1 Pedro 5:8
Valeu o texto, muito bom, parabéns