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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Caramujos Africanos comem até sola de sapato

Foto: Márcia Braun

As biólogas Janaína e Ilda (foto), estiveram nos estúdios da Mericional FM 93,5 na manhã desta quinta-feira (21), para falar sobre os trabalhos que estão sendo realizados com os Caramujos Africanos em Pimenta Bueno. Elas disseram que a equipe epidemiológica, formada inicialmente por biólogos e universitários em biologia, parou de realizar as capturas do molusco por decorrência da grande quantidade encontrada. Elas disseram que houve caso de, em uma única residência, encontrarem 350 exemplares do bicho.

As biólogas disseram também que um Caramujo Africano põe de 40 a 600 ovos, podendo botar mais de quatro vezes por ano. Como são hermafroditas, conseguem se procriar sozinhos, o que aumenta ainda mais a facilidade de aumento da população do molusco, que chegou ao Brasil “importado” da África. Elas deixaram bem claro que esta é uma autêntica praga difícil de ser combatida, e que os nematóides (vermes), que se alojam nos caramujos, têm seu comportamento ainda desconhecido, ou seja, ainda não se sabe quanto tempo esses vermes ficam no chão depois que o caramujo é eliminado.

Foto: Márcia Braun

As biólogas instruíram que, de forma alguma os caramujos devem ser eliminados com sal ou cal. Eles devem ser queimados, porque até o momento, é a única forma eficiente de eliminar os nematóides que podem causar, até mesmo, hemorragia no intestino humano. Elas orientam que a população deve adquirir luvas nas farmácias, ou colocar, pelo menos, duas sacolas de plástico nas mãos antes de realizar a coleta dos caramujos. Os pés devem estar protegidos com calçados fechados para evitar o contato.

As biólogas Ilda e Janaína disseram que ainda não foi notificado em Rondônia nenhum caso de doença que tenha se originado de um Caramujo Africano, mas a população tem que estar atenta e combater a praga da forma correta. Elas ressaltaram que nunca se deve colocar os caramujos em sacos plásticos para os lixeiros recolherem. Elas disseram que o “Lixão” pode ser chamado como o “Paraíso dos Caramujos”, porque lá existe alimentação farta e o local poderá se tornar em foco de reprodução incontrolável. Locais que contêm tijolos, telhas e madeira empilhada são locais que servem para a procriação dos caramujos. Eles comem (e destroem), praticamente qualquer coisa como folhagens e até sola de sapato.

Foto: Dado Martins

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