
Evidentemente que se tratou de um tremendo vacilo por parte da assessoria do prefeito Augusto Placa, mas serviu para mostrar que as coisas não vão bem e que, de um jeito ou de outro, a administração municipal acabou admitindo isso.
O tema adotado para o carnaval desse ano é ligado à questões ecológicas. O planeta, nesse caso, estaria pedindo socorro no sentido de preservação ambiental. O município também. Só que no texto colocado não se fazia alusão nenhuma a isso, de maneira que as interpretações poderiam ser diversas.
Motivos para pedir socorro a administração municipal, tanto a atual quanto as anteriores, sempre tiveram. A coisa nunca anda bem, porque administrar pobreza é coisa mais que difícil. A cidade atravessa fase complicada, com recursos seqüestrados pela Justiça do Trabalho, dengue atacando até poste, chuvas acabando com ruas, avenidas e estradas vicinais. Ainda assim, se vê ao menos boa vontade por parte dos vereadores e do prefeito. Mas socorro se pede sempre, em toda e qualquer viagem do Executivo à Porto Velho ou Brasília.
Entretanto, o que se pretende aqui é comentar a dita cuja da frase exibida no palco e não a situação administrativa da cidade. Lá ela ficou menos de vinte e quatro horas. Muita gente viu, reviu e comentou. E eis que resolveram retirar o desastrado amontoado de letras, substituindo-o por coisa que não deixasse margem para as maliciosas interpretações.
Providencia tardia, porque a emenda ficou pior que o soneto. E fez lembrar estória antiga, dando conta de que o capeta tinha um filho vesgo. Incomodado com aquilo, o tinhoso certo dia resolveu ajeitar o defeito. Tanto mexeu que acabou furando o olho do capetinha.


Tivessem deixado a desditosa frase, a administração municipal daria explicações, ou até poderia fazer nova composição, agregando mais texto. Ao trocar tudo, à toque de caixa, literalmente “furou o olho” do filho.
Chamou ainda mais a atenção pública, criou condições para que os comentários se multiplicassem. Na pior das hipóteses, fica claro que o prefeito Augusto Plaça tem uma assessoria que é, no mínimo, desatenta.
O fato, em si, não implica em prejuízo político nenhum para ninguém. Muito menos atrapalha o carnaval. Apenas entra para a história como uma das mais desastradas frases já expostas com a intenção de divulgar uma administração. E até seria engraçado, não fosse por uma única observação; Quem viu aquele “o planeta pede socorro, Pimenta Bueno também!” encontrou motivos para refletir. Será que a cidade não está mesmo precisando de socorro imediato? Depois da quarta-feira de cinzas e antes de chegarmos ao dia da eleição, todo cidadão pimentense vai ter tempo de sobra para pensar sobre o assunto...
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